Nowak e Piekarski - Dois poloneses no Atlético Paranaense

Por Lucas Paes


Os dois poloneses em ação no clássico contra o Coxa

Entre os clubes brasileiros que apostam em jogadores estrangeiros, o Atlético Paranaense tem algum destaque por contratações de nações não tão comuns ao nosso ludopédio. Além dos tradicionais jogadores sul-americanos, o Furacão já teve bósnios e até jogadores árabes. Em 1996, em uma destas apostas, Juan Figer trouxe ao rubro-negro uma dupla de poloneses: Krzysztof Nowak e Mariusz Piekarski. 

Ambos os jogadores eram meio-campistas e tinham 21 anos quando chegaram. Apesar de pouco marcarem em relação a gols, ambos foram importantes na campanha do Campeonato Brasileiro de 1996. Com um bom time, o Furacão chegou até as quartas-de-final, quando foi eliminado pelo homônimo mineiro.  

Piekarski, Oséias e Nowak

Piekarski ficou no rubro-negro paranaense até 1997, quando foi parar em outro rubro-negro, só que do Rio de Janeiro: o Flamengo. Por lá, pouco jogou e teve pouco destaque. Em 1998, acabou se transferindo ao Mogi Mirim, e por fim, no mesmo ano, após o estadual, foi para o Anorthosis Famagusta, do Chipre.

Ele se aposentou com apenas 27 anos, devido ao número alto de lesões. A transferência do meio-campista para o Bastia teve ainda um caso de corrupção de Eduardo José Farah, presidente da FPF na época, envolvido no meio, fazendo com que a negociação virasse até alvo de CPI.

Mariusz Nowak teve um final ainda mais triste que o companheiro. Titular em boa parte da passagem pelo Furacão, perdeu espaço na campanha de 1996 por problemas físicos. Ficou no clube até 1998, quando foi vendido ao Wolfsburg, da Alemanha, onde viraria ídolo da torcida. Porém, em 2002, Nowak descobriu ser portador da Esclerose Lateral Aminótica (ELA), uma grave doença degenerativa. Tal patologia vitimaria o ex-meio campista em 2005, com apenas 29 anos. 

Goleada contra o Sport em 1996, Nowak marcou um dos gols

O "Dez de Copas" (apelido que ganhou da torcida do Wolfsburg) abriu uma fundação para ajudar as vítimas de ELA no ano em que a descobriu. Sua instituição foi uma das ajudadas pelo Ice Bucket Challenge, que foi febre no Youtube há alguns anos atrás. Deixou dois filhos e uma esposa.

O Atlético Paranaense ainda teria um bósnio logo em seguida, Sanjin Pintul, e em 2008 um jogador nascido nos Emirados Árabes, Al Kamalli, atuando com sua camisa, ainda que por poucos minutos, além do espanhol Fran Mérida.
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