Erros de arbitragem não são recentes no futebol brasileiro

Por Lula Terras

Flamengo e Atlético Mineiro na Libertadores de 1981: atuação péssima de Wright

Infelizmente, não passa uma rodada do Campeonato Brasileiro de 2017 sem que aconteçam os rotineiros erros de arbitragem, que são criticados atletas, dirigentes e torcedores dos clubes atingidos. Esses erros também são alvos de severas críticas por parte de jornalistas e comentaristas de arbitragem, que povoam as equipes esportivas da televisão brasileira.

O mais famoso deles, o ex-árbitro Arnaldo Cesar Coelho, que usa o bordão “A regra é clara”, também fez das suas, quando apitava. Como foram muitas, destaco uma que ao torcedor santista jamais vai esquecer, que foi o famoso pênalti, não marcado, no meio campista Pita, quando jogava pelo Santos, nas finais do Campeonato Brasileiro de 1983.

Pênalti em Pita não marcado

Era o jogo de volta, no Maracanã, sendo que na partida anterior, o Santos venceu por 2 a 1, no Morumbi. Carioca, Arnaldo enxergou como falta em dois toques, em lance que foi pênalti clamoroso em Pita, que poderia ter mudado a história do jogo, que estava, naquele momento, 1 a 0 para o Flamengo. A partida terminou 3 a 0 e o Rubro Negro foi campeão.

Outro erro clamoroso, inclusive considerado pelo jornal inglês The Guardian como o maior roubo da história do futebol, aconteceu em 1981, válido pela Libertadores da América, envolvendo o mesmo Flamengo, desta vez contra o Atlético Mineiro. O árbitro, também carioca, José Roberto Wright conseguiu, em apenas 37 minutos de jogo, expulsar cinco atletas mineiros e, com isso, sem número suficiente de atletas para seguir, deu por encerrada a partida, com vitória para o time do Rio de Janeiro.

A final de 1995

Quem também já cometeu erros gritantes de arbitragem, mudando até histórias de campeonatos brasileiros, foi o mineiro Márcio Rezende de Freitas. Em 1995, no Pacaembu, ele referendou tentos ilegítimos de Santos e Botafogo e anulou um gol legal do Peixe, mudando todo o resultado da competição, onde o Fogão acabou sendo o campeão.

Dez anos depois, Corinthians e Internacional jogavam no mesmo Pacaembu, pela penúltima rodada do Brasileirão. Jogo empatado, o meia do Colorado Tinga invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro do Timão, Fábio Costa. Márcio Rezende de Freitas não deu o pênalti e ainda mostrou cartão amarelo para o jogador do Inter. Como foi o segundo dele, acabou sendo expulso. O resultado, 1 a 1, garantiu a diferença de três pontos para o time paulistano, que conquistou o título na última rodada.

O Corinthians 1 x 1 Internacional, em 2005

Quero concluir sem a intenção de insinuar qualquer artimanha que possa acontecer nas finais da Copa do Brasil favorecendo esta ou aquela equipe. Fica a recomendação que fiquem de olhos bem abertos, não só com o trio de arbitragem, mas também, com o quarto árbitro e nas informações fora de campo, já que no Brasil ainda não há o árbitro de vídeo. Afinal, como diz a sabedoria popular: “precaução e caldo de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”.
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