Pênalti dá vitória ao Atlético Mogi contra o Jabaquara no Nogueirão

Partida teve poucas emoções no primeiro tempo e melhorou na etapa final

Na fria tarde deste sábado, dia 30, em Mogi das Cruzes, o Atlético Mogi conseguiu a sua primeira vitória no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a popular Bezinha, ao bater o Jabaquara por 1 a 0, com gol de Wanderson, de pênalti, em partida realizada no Estádio Nogueirão. A equipe santista continua sem vencer na competição.

A vitória no confronto era de fundamental importância para as duas equipes. O Jabaquara, que havia estreado na competição com um empate sem gols no clássico contra a Portuguesa, perdeu a segunda partida contra o EC São Bernardo, em Santos, por 2 a 1. O Atlético Mogi vinha pior, já que não havia feito gol no campeonato, após duas derrotas (2 a 0 para o Mauaense e 1 a 0 e 1 a 0 para a AD Guarulhos). Além disso, a equipe da casa tinha um problema para a partida de hoje no banco de reservas: a equipe estava sem goleiro suplente.

A equipe da casa

O jogo teve em seus primeiros minutos poucas ações. O Jabaquara tinha mais posse de bola, mas não convertia isto em finalizações. O time da casa só estudava o adversário, mas teve a primeira chance aos 10 minutos. O meia Léo arriscou um chute rasteiro de fora da área, que obrigou o goleiro Thyago a se esticar todo para espalmar a bola. No rebote, a defesa do Leão da Caneleira conseguiu afastar o perigo antes da chegada do centroavante Cleiton.

A partida continuou morna até os 32 minutos, quando o Jabaquara chegou ao ataque com perigo. Guilhermão recebeu a bola dentro da área, girou e bateu colocado com a perna direita. Mas o goleiro Dida, atento, fez firme defesa.

O Leão da Caneleira

Aos 37, foi a vez do Atlético Mogi assustar. Em bola alçada na área, Cleiton deu um leve 'totózinho' de cabeça, obrigando o goleiro Thyago se esticar todo, fazendo uma bela defesa. Em seguida, foi a vez do Rubro Amarelo chegar. O lateral João Vitor infiltrou pelo meio, passou por três marcadores e arrematou forte. A bola passou rente à trave direita do goleiro Dida. Mesmo com uma movimentação maior nos minutos finais, o primeiro tempo ficou mesmo com o placar de 0 a 0.

No intervalo, um bom papo com os amigos Fabrício Lopes (que me deu uma grande ajuda para agilizar minha ida a Mogi das Cruzes, através do vice-presidente de futebol do Jabaquara, Gilson Pereira), Genilton Lucas e Raul Weides Burgos. Aliás, aqui fica um elogio ao Nogueirão. Com certeza, Mogi das Cruzes tem um dos melhores, se não o melhor estádio da Segunda Divisão Paulista.

O Jabuca foi melhor no início do segundo tempo

Se o primeiro tempo não teve grandes emoções, o segundo foi de muita movimentação, com as equipes buscando mais o gol. Os 10 primeiros minutos foram de domínio do Jabaquara. Aos 4, após confusão na área do Atlético Mogi, a bola sobrou para Guilhermão, que chutou forte. A bola desviou na zaga da equipe da casa, indo para escanteio. Após a cobrança, o goleiro Dida, com um tapinha, tirou a bola da cabeça de Jé, evitando o gol Rubro Amarelo.

O Jabuca continuou pressionando e até chegou a marcar com Renan, que cabeceou forte a bola, que bateu no travessão e quicou depois da linha. Porém, o lance foi anulado pela arbitragem por impedimento. Aos 10 minutos, o Leão da Caneleira chegou mais uma vez. Cobrinha recebeu a bola na entrada da área e bateu com categoria. A bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo.

Tentativa de ataque do Rubro Amarelo

Depois do susto, o Atlético Mogi acordou, equilibrou as ações e quase abriu o marcador aos 14. Wellington cobrou falta venenosa no canto, forçando Thyago a se esticar todo para fazer uma difícil defesa. No rebote, Wanderson, sozinho, finalizou com força e Thyago, novamente, operou um milagre, salvando o Jabaquara de levar um gol.

Aos 22 minutos, um lance confuso na área do Jabaquara. Depois de um bate-rebate, jogadores das duas equipes caíram no chão e os atletas da casa até esboçaram um pedido de pênalti. Porém, o árbitro André Luís Riquena mandou seguir a partida. Aos 25, o Leão da Caneleira chegou com perigo. Caíque cruzou pela direita, o zagueiro Sérgio Júnior desviou contra o patrimônio, mas Dida se esticou todo, evitando que a bola balançasse as redes.

Disputa de bola pelo alto

No minuto seguinte, saiu o gol do time da casa. Em contra-ataque, Wanderson foi lançado nas costas da defesa do Rubro Amarelo, siando na cara do goleiro Thyago, que o derrubou. Pênalti! O próprio Wanderson foi para a cobrança, batendo no canto direito do arqueiro do Jabaquara. Atlético Mogi 1 a 0.

O Jabaquara sentiu o gol e demorou alguns minutos para reagir, enquanto o Atlético Mogi foi para a defesa para garantir o resultado. O Rubro Amarelo foi ao ataque aos 40 minutos. Jean recebeu a bola na intermediária, avançou e arriscou o chute já próximo da área, mas o goleiro Dida defendeu firme. Em seguida, Jean teve outra chance, que parou novamente nas mãos do arqueiro mogiano.

Uma das tentativas dos visitantes de empatarem

Já nos acréscimos, o Atlético Mogi teve a chance de ampliar. Em bola mal rebatida pela defesa do Leão da Caneleira, Léo ficou com a sobra, mas chutou em cima de Thyago. Com isso, o placar ficou mesmo no 1 a 0 para a equipe da casa.

Com a vitória, o Atlético Mogi fez os primeiros três pontos na competição. Agora, a equipe terá o Derby Mogiano, contra o União, no domingo, dia 8, às 10 horas, no Nogueirão. Já o Jabaquara, com apenas um ponto, encara a AD Guarulhos, no mesmo dia e horário, no Estádio Espanha, em Santos.

O gol do Atlético Mogi

Ficha Técnica

ATLÉTICO MOGI 1 X 0 JABAQUARA

Data: 30 de abril de 2016.
Local: Estádio Nogueirão - Mogi das Cruzes-SP.
Árbitro: André Luis Requena.
Assistentes: Rafael Cesar Fernandes e Rubem Guimarães Marcondes Cezar.

Cartões Amarelos:
Atlético Mogi: Marcel e Wanderson.
Jabaquara: Alef e Thyago.

Gol:
Atlético Mogi: Wanderson (pênalti), aos 26 minutos do segundo tempo.

Atlético Mogi: Dida; Rafael, Sérgio Júnior, Roan e Marcel; Diogo, Wellington, Pedro (Gustavo) e Léo; Cleiton e Bernard (Wanderson) - Técnico: Edson Marcos.

Jabaquara: Thyago; João Vitor, Renan, Jé e Wesley; Felipe (André Robinho), Jean, Cobrinha e Micael (Caíque); Guilhermão (Welder) e Alef - Técnico: Milton Fernandes - Miltinho.

* Agradecimentos ao torcedor do Jabaquara Fabrício Lopes e ao vice-presidente de futebol do clube, Gilson Pereira, que armaram uma carona para este jornalista estar presente ao jogo.

Santos bate xará amapaense por 3 a 0 e avança na Copa do Brasil

Partida histórica na Vila Belmiro: pela primeira vez, dois Santos se enfrentavam

Na noite fria de quinta-feira, dia 28 de abril, o Santos FC venceu por 3 a 0 um adversário, no mínimo, inusitado: um xará amapaense. A partida, realizada na Vila Belmiro, foi válida pela primeira fase da Copa do Brasil. Agora, o Peixe vai enfrentar o Galvez, do Acre, pela segunda etapa da competição.

A partida era histórica. Apesar de o Santos ter feitos seus dois primeiros jogos de sua bela trajetória contra o xará Santos Athletic, conhecido como o Clube dos Ingleses na cidade, em 1912 (partidas realizadas no antigo campo da Avenida Ana Costa. A Vila Belmiro foi inaugurada quatro anos depois), ter sido convidado para inaugurar o estádio do Santos Laguna, do México, e ter enfrentado o mesmo time amapaense na semana passada, era a primeira vez que o Peixe enfrentaria um time homônimo no praticamente centenário Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro. Além disso, seria a primeira vez que estaria assistindo ao Santos do Amapá, atual tricampeão estadual, in loco.

Com todos estes predicados, nem mesmo a frente fria que atingiu a Baixada Santista desde a última quarta-feira, dia 27, nem o horário do jogo, 21h30, tiraram a animação de ir até ao histórico campo e assistir a esta peleja interessante. Era uma partida imperdível para O Curioso do Futebol.

Entrada do Santos do Amapá no campo

Como disse acima, os dois Peixes (sim, o Santos do Amapá é conhecido como o Peixe da Amazônia) se enfrentaram na semana passada, no estádio Zerão, em Macapá, e empataram em 1 a 1. Portanto, o Santos famoso classificaria com um 0 a 0 ou uma vitória e o xará do Norte com um placar igual de dois ou mais gols ou se vencesse. O empate em 1 a 1 levaria a decisão para os pênaltis.

O Alvinegro Praiano foi a campo com praticamente todo o time reserva, pois no domingo fará a primeira partida da final do Campeonato Paulista. Apenas o goleiro Vanderlei foi para o jogo. Já os amapaenses estavam sem desfalques e entraram no gramado da Vila Belmiro pensando em fazer história.

No início, o Santos do Amapá não ficou acuado e tentava fazer algumas jogadas, mas que não chegaram a assustar a defesa do xará famoso, sem preocupar Vanderlei. Aos nove minutos, a equipe paulista chegou com perigo pela primeira vez. Ronaldo Mendes fez bela jogada e achou Igor sozinho pela direita. O lateral invadiu a área e cruzou rasteiro, mas a zaga amapaense afastou o perigo.

Defesa amapaense afasta o perigo

Nos dez minutos seguintes, a partida entrou em um grande marasmo. O Santos famoso não conseguia passar pela defesa do rival, que tomava a bola, mas abusava do chutão. A equipe do Norte deu uma acordada e assustou aos 20 minutos. Armando fez grande jogada pela esquerda, passou por Lucas Veríssimo com facilidade e rolou para Renatinho, que sozinho finalizou por cima do gol de Vanderlei.

Em seguida, o time da Vila Belmiro teve chance com Paulinho. Depois de bela triangulação, o atacante da camisa 26 da equipe litorânea chegou a 'chapelar' o marcador, mas furou na hora da finalização. Aos 29, os donos da casa deram outro susto nos amapaenses com Ronaldo Mendes, que arriscou um chute forte de fora da área, que passou raspando na trave defendida por Zé Maria.

Apesar do maior volume de jogo, o Santos da casa não conseguia transformar a posse de bola em vantagem no placar e isto começou a irritar os pouco mais de 5 mil presentes na Vila Belmiro. Aos 38 minutos, depois de outra bela triangulação do Alvinegro Praiano, Igor recebeu a bola na entrada da área e finalizou rasteiro para a firme defesa de Zé Maria.

Cavalo e Caju disputam lance

O Santos abriu o marcador quando o árbitro Willian Machado Steffens já olhava para o relógio para terminar a primeira etapa. O experiente Elano, que vinha mal na partida, alçou a bola na área pela direita e o zagueiro Luís Felipe subiu mais do que todo mundo para cabecear a bola para o fundo das redes. Ao final do tempo inicial, Santos 1, Santos do Amapá 0.

O segundo tempo iniciou morno. Em 20 minutos, o Santos famoso só teve apenas uma chance: logo aos 4, Caju fez bela jogada pela esquerda e rolou para Rafael Longuine, que isolou a bola em chute de canhota. Já o Santos do Amapá apenas se defendia e quando tinha a bola, não conseguia armar jogadas interessantes.

O Alvinegro Praiano acordou aos 21 minutos, fazendo o segundo gol da partida. Ronaldo Mendes, que vinha sendo o melhor em campo, recebeu a bola na entrada da área, viu o goleiro Zé Maria mal posicionado e, de canhota, bateu colocado, com categoria. No placar, 2 a 0 para a equipe da casa.

Tentativa de jogada do Santos do Amapá

Aos 26 minutos, houve uma confusão entre atletas de ambas as equipes. O árbitro Willian Machado Steffens não teve dúvidas e mandou os volantes Alisson, do Santos da Vila Belmiro, e Lessandro, do time amapaense, para chuveiro mais cedo. Com os dois times com fez em campo, a partida ficou mais aberta, tendo mais movimentação.

O Santos do Amapá quase fez o seu golzinho na Vila Belmiro aos 32 minutos. Fabinho cobrou bem falta, obrigando Vanderlei a fazer uma grande defesa, espalmando a bola para escanteio. O lance acordou os jogadores do time da casa, que ampliaram o marcador aos 37. Joel, que estava um pouco sumido na partida, ficou sozinho na cara do gol, após recuo mal feito pela equipe amapaense. O camaronês ainda teve tempo para driblar o goleiro Zé Maria e tocar a bola para o fundo das redes, dando números finais ao histórico jogo: Santos SP 3, Santos do Amapá 0.

Com o resultado, o Santos FC passou para a segunda fase da Copa do Brasil. Agora, o Peixe 'da Praia' vai encarar o Galvez, do Acre, que eliminou o rival do estado Rio Branco. As datas dos jogos ainda serão definidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas já se sabe que a primeira será mando do time acriano. Caso o Santos não vença por dois ou mais gols de diferença, será realizada uma partida de volta.



Fiquei muito feliz ao ver esta curiosa partida Santos contra Santos, apesar do futebol dentro de campo não ter sido dos mais emocionantes. Ainda tive uma surpresa muito legal, já que fui presenteado pelo jogador Magrão, reserva da equipe amapaense, com uma camisa do clube. Ela terá um lugar exclusivo em minha coleção.

Ficha Técnica:

SANTOS FC 3 X 0 SANTOS-AP

Data: 28 de abril de 2016.
Local: Estádio da Vila Belmiro - Santos (SP).
Público: 5.140 pagantes.
Renda: R$ 58.095,00.
Árbitro: Willian Machado Steffens.
Auxiliares: Gabriel Conti Viana e Diogo Carvalho Silva.

Cartões amarelos: Lucas Veríssimo, Elano (SANTOS FC); Cavalo, Pretão, Lessandro, Rafinha (SAN-AP);
Cartões vermelhos: Alison (SANTOS FC); Lessandro (SAN-AP)

Gols: Luiz Felipe, aos 46 do 1º tempo; Ronaldo Mendes, aos 21 e Joel, aos 37 do 2º tempo.

Santos FC: Vanderlei; Igor, Luiz Felipe, Lucas Veríssimo e Caju; Alison, Elano (Lucas Crispim), Ronaldo Mendes e Rafael Longuine (Fernando Medeiros); Paulinho (Maxi) e Joel - Técnico: Dorival Júnior.

Santos-AP: Zé Maria; Cavalo, Dedé, Jari e Batata (Jean Marabaixo); Otávio Pretão (Michel), Lessandro, Renatinho e Rafinha; Fabinho e Armando (Esquerdinha) - Técnico: Romeu Figueira.

Brasileirão Feminino tem semifinais definidas


A rodada desta quarta-feira, dia 27 de abril, da segunda fase do Campeonato Brasileiro Caixa de Futebol Feminino definiu os times que estarão na semifinal da competição. O atual campeão Rio Preto vai enfrentar o São José, fazendo a revanche da decisão do ano passado. Já o Flamengo vai enfrentar a Ferroviária, atual campeã da Copa Libertadores.

A rodada começou com os jogos do Grupo 6, às 17 horas. A chave já tinha definido os dois classificados, Flamengo e São José, que jogariam entre si para definir o primeiro lugar do grupo. No outro jogo, Corinthians e Iranduba cumpririam tabela.

O Rubro Negro levou a melhor em cima da Águia do Vale e venceu por 2 a 0, garantindo a primeira colocação no grupo e a vantagem na semifinal. Na outra partida, o Timão fez um belo jogo e se despediu da competição com uma bela goleada por 5 a 0 sobre a equipe amazonense, que havia sido a sensação da primeira fase da competição.

Os jogos do Grupo 5 começaram às 19 horas. Apesar de o Rio Preto já ter garantido o primeiro lugar, as outras três equipes da chave (Ferroviária, Foz Cataratas e São Francisco) ainda tinham chances de chegar à semifinal. Por tudo isto, a rodada prometia.

Mesmo jogando em casa, a Ferroviária não conseguiu segurar as atuais campeãs brasileiras: ao final do jogo, 2 a 1 para o Rio Preto. Porém, mesmo com a derrota, a equipe de Araraquara conseguiu a vaga na semifinal, pois na outra partida, Foz Cataratas e São Francisco empataram em 1 a 1. O resultado acabou eliminando as duas equipes. Ferroviária e Foz Cataratas terminaram com o mesmo número de pontos (seis cada uma), mas as paulistas tiveram saldo de 1, contra -5 das paranaense.

Com isto, as semifinais ficaram definidas: O Rio Preto enfrenta o São José e o Flamengo encara a Ferroviária. As datas, locais e horários das partidas ainda serão definidas pela Confederação Brasileira de Futebol.

Pacaembu - 76 anos do grande palco do futebol paulista

O belo Pacaembu: 76 anos do templo do futebol paulista

Em 27 de abril de 1940, exatamente há 76 anos, a Prefeitura de São Paulo inaugurava aquele que ia se tornar o grande palco do futebol paulista: o Estádio Municipal, que anos depois receberia o nome de Paulo Machado de Carvalho, empresário e chefe da delegação brasileira nas Copas de 1958 e 62.

O Pacaembu tornou-se o estádio de todos os torcedores, já que, por muitos anos, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa, Juventus, Nacional, Ypiranga (que não tem mais departamento de futebol profissional) e até o Pão de Açúcar EC mandaram jogos por lá. Até hoje, mesmo com todos os clubes tendo seus campos, vire e mexe o Pacaembu é utilizado e 'arranca suspiro' de quem vai aos jogos, dizendo que é o melhor lugar para assistir futebol na capital paulista.

Para homenagear o grande Pacaembu, O Curioso do Futebol separou alguns momentos históricos do grande monumento do futebol paulista e brasileiro.

Construção: A obra teve inicio no final de 1938 e demorou apenas um ano e meio
para ser entregue. O terreno era ideal para a construção do 'templo', já que era um vale.

Inauguração: A abertura do Pacaembu contou com a presença do presidente Getúlio Vargas, que encontrava muita rejeição em São Paulo. Era o estádio mais moderno da América do Sul, até então, com capacidade para 70 mil espectadores. A bola rolou no gramado apenas no dia seguinte.

Primeiro jogo: O Palmeiras venceu o Coritiba por 6 a 2 na primeira partida do estádio.
Porém, o gol inaugural foi do Coxa Branca, marcado por Zequinha.

Copa de 1950: Com a inauguração do Maracanã, o Pacaembu foi o segundo
estádio mais importante no Mundial realizado no Brasil. Na foto, o uruguaio
Ghiggia marca contra a Espanha, em jogo do quadrangular decisivo.

Jogos Pan-Americanos de 1963: São Paulo foi sede da quarta edição do evento. O Estádio do Pacaembu foi sede do Atletismo e Futebol, além de sediar a Abertura e o Encerramento dos Jogos. Além disso, outros esportes tiveram sede nos outros equipamentos do complexo.

Concha Acústica: Um dos charmes do Pacaembu era a Concha Acústica, que ficava
localizada do lado oposto à Praça Charles Miller. Ela foi posta a chão em 1970,
quando Paulo Maluf era o prefeito de São Paulo, para a construção do Tobogã.
Muitos consideram a atitude 'matou' a bela arquitetura do local.

Craques: Sendo o maior templo do futebol de São Paulo, o Pacaembu foi palco para grande apresentações de grandes ídolos como Leônidas, Rivellino, Enéas, Ademir da Guia e Pelé, que na foto entra em campo para seu último jogo no estádio, contra o Corinthians, em 1974.

Títulos: O Pacaembu foi palco de diversas decisões do futebol paulista. Mesmo
depois da inauguração do Morumbi, na década de 1970, alguns times preferiam
o Municipal. O Corinthians, a equipe que mais atuou no estádio, venceu seu maior título
no gramado do Paulo Machado de Carvalho: a Copa Libertadores de 2012.

Festa do interior: Além do Santos, muitas equipes de fora da cidade de São Paulo já mandaram jogos no Pacaembu. Até Fla-Flu já teve recentemente no estádio. Nas décadas de 50, 60 e 70, era comum as decisões das divisões de acesso do futebol paulista, contando quase sempre com equipes do interior, serem feitas no Municipal. Aliás, o último campeão no Paulo Machado de Carvalho vem do interior: o Ituano foi campeão paulista de 2014 vencendo o Santos no gramado do Pacaembu.

Eu no Pacaembu: Já assisti a vários jogos no Pacaembu. Em novembro de 2015, tive a honra
de cobrir para O Curioso do Futebol a partida Brasil 0 x 1 Nova Zelândia, amistoso de
Futebol Feminino, fazendo minha 'estreia' no Estádio Municipal pelo cronismo esportivo.

Com base do Inter, a primeira medalha olímpica do Futebol Brasileiro

A 'Sele-Inter' medalha de prata em Los Angeles 1984

A Seleção Brasileira é conhecida por ser a que mais venceu a Copa do Mundo de Futebol. Porém, quando se fala em Jogos Olímpicos, o time canarinho não tem um retrospecto tão positivo quanto no Mundial. Além de nunca ter conquistado o título e, consequentemente, o ouro, o Futebol Tupiniquim conseguiu conquistar uma medalha apenas nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Mas tudo isto tem uma explicação. Apesar de o Futebol ter entrado nas Olimpíadas em 1908, o Brasil só foi estrear no torneio da modalidade em Helsinque, em 1952. Vale ressaltar que o Brasil quase esteve presente no torneio de futebol da Olimpíada de 1928, em Amsterdã. Empolgada com o sucesso do Uruguai quatro anos antes, os dirigentes brasileiros tentaram se organizar para mandar um time para a Holanda. Porém, não conseguiu verba necessária para enviar a equipe. Naquela competição, os uruguaios se sagraram bicampeões olímpicos, ao vencer a Argentina na final.

Mas já na década de 50, o Futebol Olímpico já era dominado pelos países do bloco socialista europeu. E isto tem uma explicação: só podiam participar atletas amadores e como os países comunistas não tinham atletas profissionais oficialmente, apesar de treinarem em alto nível, seleções principais da União Soviética, Hungria e Iugoslávia, por exemplo, enfrentavam equipes juniores de outros países. Por isso elas sempre eram favoritas.

Na estreia contra a Arábia Saudita

Para os Jogos Olímpicos de 1984, a regra no Futebol foi mudada. Ao invés de apenas atletas amadores, os profissionais foram autorizados a participarem do torneio, desde que nunca tivessem entrado em campo em uma Copa do Mundo. Além disso, boa parte do bloco socialista boicotou o evento nos Estados Unidos. Com tudo isso, de mero figurante, o Brasil passou a ser um dos favoritos a conquistar uma das medalhas.

Mas houve outro problema: calendário do futebol brasileiro. Com os times jogando, eles poderiam ser desfalcados quando cedesse atletas para a Seleção Olímpica. Isto trouxe um problema para o técnico Jair Picerni, que enfrentava dificuldades para montar a equipe. Mas a solução estava no Rio Grande do Sul: como o Internacional caiu precocemente no Brasileirão, a equipe estava sem competições oficiais na época dos Jogos. Aí veio a ideia de usar o Colorado como base da equipe.

Ao todo, foram 11 atletas do Internacional: o goleiro Gilmar, o lateral-esquerdo André Luís, os zagueiros Pinga e Mauro Galvão, os meias Tonho, Ademir Kaefer, Mílton Cruz, Paulo Santos e Dunga, e os atacantes Kita e Silvinho. Além deles, a Seleção contou com o goleiro Luís Henrique (Ponte Preta), o lateral direito Ronaldo (Corinthians), o zagueiro Davi (Santos), o volante Chicão (Ponte Preta) e os meias Gilmar Popoca (Flamengo) e Tonho (Aimoré-RS).

Os 11 jogadores do Inter com a medalha no peito

O Brasil começou bem, goleando a Arábia Saudita por 3x1 com gols de Gilmar, Silvinho e Dunga. Depois bateu Marrocos por 2x0, gols de Dunga e Kita. Contra a Alemanha Oriental, um duríssimo 1 a 0 que só saiu no finalzinho do jogo, através de Gilmar Popoca. Nas quartas-de-final, um 1 a 1 heroico diante do Canadá no tempo normal, gol salvador novamente de Gilmar Popoca, depois de Dale Mitchell abrir o marcador. Nos pênaltis, seu homônimo Gilmar Rinaldi pegaria duas cobranças e o Brasil estava nas semifinais!

Então o duríssimo adversário, a Itália campeã mundial e com jogadores do quilate de Walter Zenga, Aldo Serena, Franco Baresi e Franco Tancredi. Novamente Gilmar Popoca marcou o gol brasileiro aos oito minutos da etapa complementar, mas Pietro Fanna empatou dez minutos depois. Na prorrogação, o lateral-direito Ronaldo (então do Corinthians e que jogou no Grêmio), fez o gol da vitória. O Brasil conquistou assim sua primeira medalha olímpica no futebol!

A final contra a França

Restava saber se seria de ouro ou prata, e o adversário na decisão seria a França, campeã européia dois meses antes. Na decisão, o time de Picerni não foi páreo para os franceses, que eram comandados por Henri Michel e tinha seis jogadores campeões da Eurocopa daquele ano. François Brisso e Daniel Xuereb marcaram os gols da vitória francesa para impressionantes 102 mil torcedores no Rose Bowl.

Na Olimpíada seguinte, em Seul, o Brasil repetiria a prata, ao perder a final para a União Soviética por 2 a 1. Porém, Ademir e Luis Carlos Winck estavam novamente no elenco, sendo os primeiros brasileiros a conquistarem duas medalhas no futebol olímpico.

* Com informações do site Almanaque Esportivo.

Hoje é Dia do Goleiro! Hoje é Dia do Manga!

Manga e seus dedos tortos. Um grande goleiro!

Nesta terça-feira, dia 26 de abril, comemoramos o dia de quem evita (ou, ao menos, tenta evitar) a maior alegria do futebol, que é o gol: hoje é Dia do Goleiro. A data foi escolhida para homenagear um dos maiores atletas da posição na história do futebol brasileiro: Manga, que nasceu em 26 de abril de 1937 e está completando hoje 79 anos.

Manga começou sua carreira no Sport de Recife, onde foi alçado ao time principal em 1955. Chamando a atenção de vários clubes, o goleiro conquistou o pernambucano em 1955, 56 e 58. Com isto, ele foi contratado pelo Botafogo em 1959. Chegando ao Rio de Janeiro, Manga tornou-se um dos maiores jogadores do grande esquadrão alvinegro da década de 60.

Ao centro, iniciando a carreira no Sport

No Fogão, jogando ao lado de craques como Nilton Santos, Didi e Garrincha, Manga conquistou o Campeonato Carioca em 1961, 62, 67 e 68; o Torneio Rio-São Paulo de 1962, 64 e 66; e a Taça Brasil de 1968. No final deste mesmo ano, Manga se transferiu para o Nacional do Uruguai.

Em Montevidéu, o goleiro logo tornou-se um dos líderes do elenco, fazendo parte do time que conquistou o tetracampeonato uruguaio (1969, 70, 71 e 72), além de ganhar a Taça Libertadores da América de 1971. O goleiro deixou o clube em 1974 como ídolo da torcida do Bolso.

Foi ídolo no Botafogo

Depois de jogar do Uruguai, Manga foi parar em Porto Alegre para defender o Internacional. Com 37 anos, alguns o davam como acabado para o futebol. Porém, o goleiro mostrou que ainda tinha 'muita lenha pra queimar', conquistou o tricampeonato Gaúcho em 1974, 75 e 76, e o bicampeonato Brasileiro em 1975 e 76.

Em 1977, aos 40 anos, Manga foi para o Mato Grosso do Sul, defender o Operário. O Alvinegro de Campo Grande era um 'tormento' para os grandes times brasileiros na época, chegando a fazer belas campanhas no Campeonato Nacional. Por lá, Manga conquistou o Campeonato Sul-Matogrossense.

No Nacional, onde conquistou a Libertadores

No ano seguinte, Manga desembarcou em Curitiba para jogar no Coxa Branca, onde foi campeão paranaense. Em 1979, o Grêmio o levou para o Olímpico. Jogando no Tricolor Gaúcho, o goleiro conquistou mais um campeonato estadual.

Em 1981, com incríveis 44 anos, Manga foi para o Equador, para defender o Barcelona de Guayaquil, onde encerrou a carreira no ano seguinte, com incríveis 45 anos, mas sem antes de conquistar o Campeonato Equatoriano de 1981.

Era um dos grandes líderes do Inter dos anos 70

Manga defendeu a Seleção Brasileira em 12 jogos, entre 1965 e 67, sofrendo 10 gols. Ele ficou marcado na derrota do Brasil para Portugal, por 3 a 1, na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, sua única partida como titular no Mundial. Ele não fez uma boa apresentação naquela disputa, que marcou a eliminação da equipe do Brasil na competição.

Na carreira, Manga ficou marcado por ser um jogador provocador. Era comum ele ir na imprensa na semana de clássico e falar que mandou a esposa fazer a feira por que o "bicho estava garantido". O que chamava a atenção também eram suas mãos. Devido a lesões e fraturas mal tratadas, Manga tinha os dedos tortos.

Também foi campeão pelo Grêmio

Mas Manga foi um excelente goleiro. Marcou época no futebol brasileiro, sendo campeão em todos os clubes por onde passou, tendo o recorde de ter conquistado 13 campeonatos estaduais. Por tudo isto, nada mais justo que o Dia do Goleiro no Brasil ser na data de seu aniversário. Parabéns Manga!

Grandes surpresas da Champions League - O Steaua Bucaresti de 1986

Por Lucas Paes

Os campeões europeus de 1986

A Liga dos Campeões está afunilando e a série das surpresas da competição em O Curioso do Futebol também. Mas, neste texto, falaremos do que talvez é a maior surpresa da história da competição, pois até aqui falamos de times que vieram do Reino Unido, que apesar de tudo é um país tradicional no esporte bretão. O especial de hohe é sobre um time da Romênia: o Steua Bucaresti.

A façanha do Steaua seria impensável em 2016, quando você percebe que do outro lado estava o Barcelona. Mas, neste período, o Barça ainda lutava pela primeira taça. Porém, muita água rolou debaixo da ponte até a conclusão dessa história em uma definição por pênaltis em Sevilha e tudo começa com a volta para a casa de um treinador e ex-jogador do clube que já tinha construído alguma história no Steua, Emerich Jenei.

O Steaua chegava à temporada de 1984/1985 amargando um jejum de 6 anos sem conquistar o Campeonato Romeno. A espera terminaria dando início a uma sequência histórica do melhor time da história do Steaua, que contando com Piturca como artilheiro da equipe, foi campeão nacional e se classificou para disputar a Liga dos Campeões de 1985/86. Por sinal, o título veio de maneira apertada: foram apenas dois pontos de vantagem para o rival Dinamo Bucaresti.

Piturca comemora gol na semifinal

A caminhada na Liga dos Campeões começou contra os dinamarqueses do Vejle, empatando em 1 a 1 na Dinamarca e vencendo por 4 a 1 na Romênia, com gols de Piturca, Boloni, Balint e Stoica. Nas oitavas de final viria o histórico Budapest Honved, que já foi destaque de post aqui no site há algum tempo atrás. 

Contra os húngaros, a primeira partida terminou com derrota de 1 a 0. Na volta, em Bucaresti, outra goleada por 4 a 1, desta vez protagonizada por Piturca, Barbulescu, Majearu e Lacatus, garantiria a passagem para a fase seguinte. E pelo que se percebia, a sorte estava do lado do Steua naquele ano mesmo, já que no sorteio das quartas de final determinou que o adversário seria o Kuusysi da Finlândia, evitando titãs como Barcelona, Juventus ou Bayern. A empreitada europeia, pelo visto, iria mais longe.

Mas apesar do pouco nome do adversário, o Steaua suou para vencer os finlandeses. Empate em 0 a 0 na Romênia e vitória suada e sofrida na Finlândia por 1 a 0, com o gol salvador sendo marcado por Piturca. A vaga nas semifinais estava garantida para os romenos. E quem seria o adversário? Outra surpresa: o Anderlecht da Bélgica que havia eliminado só o Bayern de Munique.

Levantando a taça de campeão europeu

E no primeiro jogo das semifinais, o Anderlecht se deu bem e venceu por 1 a 0, gol de Enzo Scifo, que já havia sido o grande responsável pela eliminação do Bayern na fase anterior. Mas na volta, o Steua se superou! Fez uma belíssima partida e venceu os campeões belgas por 3 a 0, com noite inspirada de Piturca, que marcou duas vezes (o outro gol foi de Balint). A história estava escrita, mas o adversário na final seria só o Barcelona.

Ao mesmo tempo em que fazia história na Liga dos Campeões, o Steaua caminhava tranquilo em um histórico Campeonato Romeno, onde seria campeão sem perder. Aliás, aquele time seria responsável por um recorde quase imbatível: 104 jogos invictos no campeonato nacional, entre 1986 e 1989. Se você somar as outras 15 da Copa da Romênia, são 119 partidas de invencibilidade. Isso é um recorde mundial até os dias atuais.

Duckadam pegou quatro pênaltis na decisão

Em 7 de maio de 1986, o Steaua entrou em campo para o jogo mais importante de sua história, a final da Liga dos Campeões contra o Barcelona. Não bastava o adversário ser forte, ele ainda jogava praticamente em casa, já que a partida era em Sevilha, na Espanha. Os prognósticos eram desanimadores para o time de Jenei, mas a equipe já tinha mostrado muita competência em situações adversas.

Mas o jogo em si foi, no mais sincero termo possível, chato. O Steaua contou com sua forte defesa para neutralizar as ações catalãs, mas pouco conseguiu chegar nos contra ataques. Após 120 minutos de pouquíssimas chances, a partida foi para os pênaltis que, por sua vez, consagrariam outro herói para o clube romeno: Helmuth Duckadam.

Lacatus disputa lance com goleiro do Barça

O começo das penalidades foi um show dos dois goleiros, na verdade. Tanto Duckadam, quanto Urruti pegaram as duas primeiras cobranças de cada lado. Apenas na terceira batida as redes balançaram, com a cobrança de Lacatus. Depois, o goleiro romeno virou herói! Primeiro, Pichi Alonso bateu e Duckadam defendeu. Depois, outro acerto do Steaua, com Balint. Para manter o Barça vivo, Marcos precisava fazer, mas Duckadam pegou de novo e deu o inédito título para os romenos, calando a imensa maioria dos torcedores em Sevilha.

As quatro cobranças defendidas por Duckadam criaram outro recorde ainda não batido é até hoje recorde em finais Liga dos Campeões. Recorde não batido nem por Buffon, nem por Kanh, nem por Neuer, tampouco Casillas. Só o goleiro do Steaua foi capaz disso! Duckadam usou suas mãos para escrever a história!

A temporada terminou ainda com o Steaua conquistando um triplete pois, além do título continental, a equipe foi campeã romena e da Copa da Romênia (ambos invictos). !ual seria o limite para aquele time? O bicampeonato seria realmente um sonho impossível? Só as próximas temporadas responderiam essas perguntas.

Lance durante a final

O time passou a contar na temporada de 1986/1987 com o craque George Hagi, que seria o grande destaque da Romênia na década de 90 e ídolo no Galatasaray da Turquia. Porém, perdeu Jenei mas, mesmo assim ainda haveriam algumas campanhas de destaque na Europa e um recorde histórico nos certames romenos. No começo da temporada, o time bateu o Dynamo de Kiev na Supercopa Européia, mas não foi páreo para o River Plate na Copa Intercontinental, disputada no Japão, em Dezembro.

No que diz respeito aos certames nacionais, o Steaua conquistou ainda outros três campeonatos romenos sem perder nenhum jogo até a temporada de 1989/1990, quando ficaria com o vice-campeonato nacional, perdendo o título por um ponto de desvantagem para o Dinamo. Na Copa da Romênia também veio um tricampeonato (86/87, 87/88 e 88/89), todos invictos. 

Na Europa, o time decepcionou em 1986/87, caindo logo na segunda fase para o Anderlecht. Mas na temporada 1987/1988, o clube foi semifinalista, sendo eliminado para o vice-campeão Benfica, empatando por 0 a 0 em casa e perdendo no Estádio da Luz por 2 a 0. Mas a temporada seguida traria outro voo alto em céus europeus.

Decisão por pênaltis que deu o título ao Steua

Em 1989, o Steaua chegou mais uma vez à final da Liga dos Campeões, passando pelo Sparta Praga, pelo Spartak Moscou, pelo IFK Gotemburgo e pelo Galatasaray, fazendo boas diferenças no placar agregado em todos esses jogos. Curiosamente, a final daquele ano foi na casa do Barcelona, adversário do primeiro título. Mas o Milan venceu a final por 4 a 0, com shows de Gullit e Van Basten, destaques de um dos maiores times da história do rossonero.

Aquela derrota marcou o fim da histórica era de ouro do Steaua. Com a eclosão de uma guerra civil no país e a derrubada de Ceasescu do Governo local, houve uma abertura de mercado na Romênia, que fez com que jogadores debandassem para todos os lugares da Europa. Os estrelados acabaram sendo os maiores “prejudicados” pela debandada e nunca mais tiveram o mesmo sucesso em campos europeus.

Jabaquara decepciona e perde para o Bernô em Ulrico Mursa

Por Lucas Paes, com colaboração de Pepe Varela e Fabrício Lopes

Bernô conseguiu boa vitória fora de casa (foto: Lucas Paes)

A ensolarada manhã de domingo, dia 24, em Santos reservava mais uma rodada da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, popularmente conhecida como Bezinha. O Estádio Ulrico Mursa trocou o tradicional rubro verde da Portuguesa Santista pelo rubro amarelo do rival Jabaquara, no primeiro jogo do Leão da Caneleira como mandante na competição. A estreia, porém, não foi boa para o Jabuca, já que o EC São Bernado venceu por 2 a 1, com direito a golaço de xará de craque italiano.

As equipes tiveram resultados distintos na primeira rodada da Bezinha. O Jabaquara fez o clássico contra a Portuguesa Santista e empatou em 0 a 0. Por isso, o Leão da Caneleira esperava a primeira vitória. Já o Bernô teve uma estreia para esquecer, já que foi goleado por 5 a 1 pela AD Guarulhos, em pleno Baetão, e buscava a reabilitação na Baixada.

Jabaquara tentou buscar um melhor resultado (foto: Lucas Paes)

O primeiro tempo começou com o São Bernado atacando, mas sem oferecer muito perigo. A melhor chance dos primeiros 25 minutos de partida foi do Jabaquara, com o centroavante Welder, que recebeu na cara do gol, e chutou duas vezes: a primeira em cima do goleiro Leonardo e no rebote para fora. Aos poucos, o São Bernardo foi dominando as ações.

Depois da parada técnica, o Bernô voltou melhor e abriu o placar aos 39 minutos. Cruzamento para a área e cabeçada certeira de Lucas Rocha no canto baixo do goleiro Thyago, que nada pode fazer: 1 a 0 para o São Bernado. E este foi o placar final da primeira etapa.

Estádio Ulrico Mursa recebeu a partida (foto: Lucas Paes)

O segundo tempo iniciou equilibrado, com o Jabaquara esbarrando tanto no nervosismo quanto na limitação técnica do seu time. O Leão da Caneleira chegou a pressionar em alguns momentos e conseguiu ao empate aos 21 minutos. Alef Paulista, que havia entrado no lugar de André Robinho, avançou e bateu por baixo do goleiro Leonardo para igualar o marcador antes da parada técnica.

Na volta da “hidratação” as tentativas do Jabuca de pressionar e virar o marcador acabaram frustradas por um excelente chute de Roberto Baggio, aos 26 minutos. O meia do Bernô, homônimo do ex-craque italiano, chutou de esquerda da intermediária e acertou o ângulo, sem chances para o goleiro Thyago. No placar de Ulrico Mursa, 2 a 1 para os visitantes.

Calor forte na manhã santista (foto: Pepe Varela)

O gol desanimou o Leão da Caneleira, que se perdeu no jogo e sofria para acertar no ataque. Mas o time rubro-amarelo chegou a criar algumas chances, mas não as converteu em gol. Com isso, ao final da partida, o São Bernardo venceu por 2 a 1.

O Jabaquara, que está com um ponto ganho, volta a campo no sábado, dia 30, às 15 horas, no Nogueirão, em Mogi das Cruzes, contra o Atlético. Já o Bernô, que fez os primeiros três pontos na competição, recebe o União Mogi, no mesmo dia e horário, no Baetão.

No fim, 2 a 1 para os visitantes

Ficha Técnica

JABAQUARA 1 X 2 EC SÃO BERNARDO

Data: 24 de abril de 2016.
Local: Estádio Ulrico Mursa – Santos-SP.
Público: 121 pagantes e 87 gratuidades.
Renda: R$ 1.610,00.
Árbitro: Carlos Eduardo Gomes.
Assistentes: Eduardo de Souza Neto e Luis Felipe Prado Silva.

Cartões Amarelos:
Jabaquara: João Luiz, Guilherminho, Macha e Jé.
EC São Bernardo: Maicon

Gols:
Jabaquara: Alef Paulista, aos 21' do segundo tempo.
EC São Bernardo: Lucas Rocha, aos 39' do primeiro tempo, e Roberto Baggio, aos 26' do segundo tempo.

Jabaquara: Thyago; Renan, Jé e Jefferson (Cobrinha); Guilherminho, João Vitor, Mancha, João Luís (Pedro Felipe) e Wesley; Welder e André Robinho (Alef Paulista) – Técnico: Milton Fernandes (Miltinho).

EC São Bernardo: Leonardo; Lucas Rocha, Eli, Luis Felipe e Maicon; Mateus (Filipe Augusto), Ewerton (Renato), Manoel e Rato; Samuel (Janclésio) e Roberto Baggio - Técnico: Ederson de Araújo (mas quem assinou a súmula foi Bill).

Briosa faz a festa e goleia o União em Mogi das Cruzes

Portuguesa Santista, de branco e azul, dominou o jogo

Com um atuação impecável, a Portuguesa Santista conseguiu a sua primeira vitória no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a popular Bezinha. A Briosa foi até o Estádio Nogueirão, em Mogi das Cruzes, e goleou o União por 4 a 0, em partida realizada na manhã deste domingo, dia 24.

A Portuguesa havia estreado com um empate em 0 a 0 em casa, no clássico contra o Jabaquara. O time teve problemas em seu primeiro jogo, já que só tinha 12 jogadores inscritos. Mas, durante a semana, a questão foi solucionada e o time da Baixada foi para Mogi com banco de reservas completo. E isto acabou ajudando no resultado final.

Tentativa de jogada no meio de campo

Já o União Mogi buscava sua segunda vitória na competição. Na estreia, a equipe rubra vence o Manthiqueira, em Guaratinguetá, por 1 a 0. Portanto, um triunfo no jogo de hoje, deixaria o União entre os líderes da competição.

O Estádio Nogueirão, reinaugurado no final do ano passado após ampla reforma, é um dos melhores estádios da divisão, inclusive com seu gramado impecável. O campo acabou sendo palco da estreia do novo segundo uniforme da Portuguesa: camisas brancas, com detalhes em azul, e shorts azuis. A cor diferente no manto da Briosa é em homenagem à Fita Azul, condecoração dada pela CBD ao clube devido à invencibilidade na excursão à África em 1959.

Briosa pressionou os donos da casa no primeiro tempo

Bom, vamos para o jogo. Quem começou mandando no jogo, mesmo jogando fora de casa foi a Portuguesa. Logo no primeiro minuto, Carlos Alberto cobrou bem falta, mas o goleiro do União, Alexandre, fez boa defesa. Aos 6, o meia-atacante Lino aproveitou a sobra na entrada da área e arrematou, fazendo a bola passar perto da trave do time da casa.

Com maior volume de jogo, mesmo com o sol forte, a Portuguesa chegou ao primeiro gol aos 15 minutos. Em cobrança e falta pela direita, Ricardinho alçou a bola na área e o volante Vena desviou de cabeça contra o próprio patrimônio. Briosa 1 a 0.

A fanática Força Rubro Verde presente em Mogi das Cruzes

A Portuguesa dominava a partida, dando poucas chances ao União, que só tentava chegar ao ataque em chutões. Com isso, a Briosa chegou ao segundo aos 35 minutos. Em cruzamento pela esquerda, Romário entrou sozinho na área e de cabeça balançou as redes.

Aos 42, Matheus fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro para Romário. O atacante Rubro Verde desviou, mas o goleiro Alexandre espalmou. A única chegada ao ataque do União foi aos 45, com, Alexandre Moraes, que finalizou por cima da trave. Com isto, o primeiro tempo terminou com o placar de 2 a 0 para a Portuguesa.

Falange Vermelha, torcida do União Mogi

No intervalo, um bate-papo com os amigos Raul Weides Burgos e Genilton Lucas. Também vale destacar a presença da fanática torcida Força Rubro Verde, que saiu de Santos para apoiar a Briosa, e a Falange Vermelha, do União.

No início da segunda etapa, o União voltou com mais ímpeto. Porém, não conseguia levar perigo ao time da Portuguesa e ainda deixava espaços para o adversário. Aos 12, a Briosa teve outra chance com Romário, que finalizou para fora.

Briosa continuou melhor no segundo tempo

Na metade do segundo tempo, o técnico da Portuguesa, Ricardo Costa, iniciou as substituições, dando novo ânimo ao time, que voltou a massacrar o adversário, que mostrava claros sinais de cansaço. Aos 31, Sillas fez bela jogada pela direita e rolou para Willian, que da marca do pênalti finalizou por cima do travessão.

Aos 34, Kauê, que havia acabado e entrar, fez belo lançamento para Willian, que finalizou com força, para grande defesa de Alexandre. Dois minutos depois, saiu o terceiro da Briosa. Kauê lançou para o experiente Ricardinho. O experiente meia de 40 anos fez bela jogada e só rolou para Willian, sozinho, marcar.

União Mogi tentava as jogadas, mas não conseguia passar pela marcação

A Portuguesa continuou pressionando o União e chegou ao quarto gol aos 41 minutos. Em contra-ataque rápido, Kauê achou o xará Kauê Rivera, que também veio do banco de reservas, sozinho. O jogador cedido pelo Santos FC teve tranquilidade para ganhar a jogada do marcador e dar números finais ao espetáculo: União 0, Portuguesa Santista 4.

Agora, a Briosa, que foi a 4 pontos, enfrenta o Mathiqueira no próximo domingo, dia 1º de maio, às 10 horas, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. Já o União Mogi vai até o ABC Paulista, no próximo sábado, dia 30, às 15 horas, enfrentar o EC São Bernardo, no Baetão.

Ao final, Briosa 4 a 0

Ficha Técnica

UNIÃO MOGI 0 X 4 PORTUGUESA SANTISTA

Data: 24 de abril de 2016.
Local: Estádio Nogueirão - Mogi das Cruzes-SP.
Árbitro: Willer Fulgêncio Santos.
Assistentes: Renato de Oliveira Cardoso e Fabrini Bevilaqua Costa.

Cartões Amarelos:
União Mogi: Cleber e Vena.
Portuguesa Santista: Alisson.

Gols:
Portuguesa Santista: Vena (contra), aos 15', e Romário, aos 35' do primeiro tempo. William, aos 34', e Kauê Rivera, aos 41' do segundo tempo.

União Mogi: Alexandre; Rodrigo, Igor, Cássio e Gregory; Vena, Marcos Vinícius, Cleber e Pará (Thales); Alexandre Moraes (Douglas) e Matheus (José Victor) - Técnico: Pedro Lamounier.

Portuguesa Santista: Rogério; Matheus, Dema, Alisson e Vinícius; Pedro, Carlos Alberto e Ricardinho; Luca Britto (Willian), Romário (Kauê) e Sillas (Kaue Rivera) - Técnico: Ricardo Costa.
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