Vencedores da Bola de Ouro da Placar por times alternativos


A Revista Placar, criada pela Editora Abril em 1970 (atualmente, o veículo de comunicação é da Editora Caras), criou no ano de sua fundação o prêmio Bola de Prata, que escolhia os melhores jogadores, através de avaliações feitas por jornalistas por todo o Brasil na principal competição nacional, dando nota por cada atuação dos atletas. A primeira premiação aconteceu no Torneio Roberto Gomes Pedrosa daquele ano e continuou nos anos seguintes, com a realização do Campeonato Brasileiro.

Nos três primeiros anos, foram escolhidos apenas os melhores de cada posição. Porém, a partir de 1973, a placar resolveu instituir a Bola de Ouro, troféu que seria entregue ao jogador de melhor média no campeonato nacional. Na primeira edição houve um empate entre o goleiro argentino Cejas, do Santos, e o zagueiro uruguaio Ancheta, do Grêmio.

A partir de então, normalmente a Bola de Ouro foi para jogadores de clubes grandes ou que já foram campeões brasileiros, como o caso de Amoroso, que venceu em 1994 pelo Guarani, time que conquistou a competição em 1978. Porém, em duas oportunidades, a Bola de Ouro foi para jogadores de clubes de menor expressão, mas que tiveram ótimo desempenho na temporada.

Com as atuações em 1985, Marinho quase foi para a Copa de 1986

O primeiro exemplo é o ponta Marinho. O jogador foi para o Bangu ao lado de grandes jogadores, como Mauro Galvão, Gilmar e Paulinho Criciúma, no plano de Castor de Andrade, contraventor famoso e mecenas do clube naquela época, de levar o time de volta às grandes conquistas e o ano de 1985 foi quando o Alvirrubro chegou mais próximo do feito.

Marinho era o grande nome daquela equipe e suas atuações lhe deram o prêmio da Bola de Ouro, como melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1985. O time não conseguiu o título, perdendo a final para o Coritiba nos pênaltis, mas ele estava tão bem, que passou a ser convocado por Telê Santana para a Seleção Brasileira e, por muito pouco, não foi para a Copa do Mundo de 1986, no México.

Mauro Silva na disputa de bola com Ricardo Rocha

O segundo exemplo foi com o volante Mauro Silva. O Bragantino começou a surpreender à todos ainda em 1989, quando chegou à semifinal do Paulistão e ganhou a Série B do Brasileiro. No ano seguinte, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo conquistou o estadual, em uma final do interior, contra o Novorizontino, e chegou às finais da competição nacional. Nesta, alguns jogadores já se destacaram na Bola de Prata.

Vários jogadores daquela equipe se destacaram, inclusive o volante que tinha vindo do Guarani. Em 1991, Carlos Alberto Parreira assumiu o comando técnico do Braga, que chegou à final do Brasileirão, perdendo o título para o São Paulo. Mas as atuações de Mauro Silva o fizeram ser premiado com a Bola de Ouro de melhor jogador da competição. Três anos depois, o mesmo Parreira levou o jogador, que já estava no Deportivo La Coruña, para a Seleção Brasileira que venceu a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.
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