Fast campeão! Uma espera de 45 anos

Jogadores do Fast levantam a taça de campeão amazonense de 2016
(foto: divulgação/Facebook oficial do Fast Clube)

Neste sábado, dia 22 de outubro, uma das maiores filas do futebol brasileiro caiu por terra. O Nacional Fast Clube conquistou o Campeonato Amazonense de 2016, ao bater o Princesa dos Solimões, de Manacapuru, por 3 a 1, na Arena da Amazônia, em Manaus. O Rolo Compressor não conquistava o título estadual desde 1971.

A vida do Fast Clube nestes 45 anos não foi fácil. Como todo time brasileiro, a agremiação passou por diversas dificuldades, tendo problemas, inclusive, para se manter no já deficitário futebol amazonense. A torcida fastiana vivia anos de sofrimento, pois eles viam os rivais Nacional, Rio Negro, São Raimundo e América a conquistarem a competição. Até clubes diferentes, como Sul América, Penarol, Holanda, Grêmio Coariense e até o próprio Princesa, rival de hoje, levantaram a taça, menos o tradicional Fast.

Peninha fez o primeiro gol do jogo
(foto: Winnetou Almeida/A Crítica)

Para piorar a situação, nos últimos 10 anos, o Fast Clube bateu na trave diversas vezes. Primeiro, foi um tri-vice (2006-2007-2008), além de ficar em segundo nos anos de 2010 e 2012. Em 2009, 2011, 2014 e 2015, o Fast terminou a competição em terceiro. Já em 2013, a equipe foi quarta colocada. Em resumo, desde 2006, o Rolo Compressor chegava, ao menos, nas semifinais. Ou seja, estava faltando o título que fugia dos fastianos desde 1972, quando também foi vice.

Neste ano, o Fast Clube dominou a competição, que começou em 20 de agosto. O time terminou a primeira fase em primeiro lugar, com 26 pontos, dois a mais que o rival Nacional, o segundo. Em 12 jogos, o Rolo Compressor teve oito vitórias, com destaque para o 10 a 0 para cima do Nacional Borbense, dois empates e apenas duas derrotas. Na semifinal, a vítima foi o Rio Negro: 2 a 1 para o Fast e vaga na final contra o Princesa, que eliminou o Nacional.

A festa dos fastianos foi grande
(foto: Marcos Dantas/G1 Amazonas)

Na decisão deste sábado, na Arena da Amazônia, o jogo começou com o Fast tomando as iniciativas no ataque, principalmente em lances com bola parada. Prova disso, foram os sete escanteios a favor do Rolo Compressor só no primeiro tempo. Porém, o primeiro gol saiu apenas aos 41 minutos quando Peninha, em cobrança de pênalti, chutou alto sem chances para Raisci. Fast 1 a 0.

A segunda etapa foi mais movimentada, já que o Princesa dos Solimões foi em busca do empate. Mas foi necessário apenas oito minutos para o Rolo Compressor ampliar o marcador. Cassiano saiu jogando pelo lado esquerdo, ele avançou até entrar na área, limpou o zagueiro e chutou no meio da área. Fast 2 a 0. Na comemoração, ele correu para os braços da torcida que via o título ficar mais próximo após anos de espera.

Vídeo sobre a conquista do Fast

A torcida fastiana, vendo o título se aproximar, começou com os gritos de "é campeão!". Mas o juiz Edmar Campos da Encarnação marcou pênalti para o Princesa. Jefferson, artilheiro do campeonato cobrou no meio sem chances para o goleiro Sucuri. Quatro minutos depois, Charles Chenko tratou de matar qualquer esperança do Princesa empatar o jogo. Ele recebeu a bola de Emerson, entrou na área e, com frieza, chutou no canto direito de Raisci. Fast 3 a 1.

O título, merecidamente, foi muito comemorado por toda a torcida. O Rolo Compressor voltava a ser campeão depois de 45 anos, encerrando uma das mais longos jejuns de títulos do futebol brasileiro. Parabéns Fast Clube, campeão amazonense de 2016.
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