O grande Gylmar 'nascendo' no Jabaquara

Gylmar, o último em pé, da esquerda para a direita, no time juvenil do Jabaquara

Gylmar dos Santos Neves está entre os grandes goleiros da história do futebol brasileiro. Se não for o maior, já que ele é o que mais venceu com a camisa da Seleção Brasileiro. Ícone debaixo das traves, ídolo das torcidas de Corinthians e Santos, Gylmar, que faleceu em 25 de setembro de 2013, nasceu para o futebol no Jabaquara Atlético Clube. E sobre isso que este texto vai tratar.

Nascido em Santos, no dia 22 de agosto de 1930, Gylmar dos Santos Neves começou a gostar do esporte bretão ainda muito novo, quando jogava de ponta esquerda nas peladas do Macuco, bairro santista onde foi criado. Mas como era alto, com corpo atlético e ágil, logo perceberam que o garoto levaria jeito para defender a meta. E assim ele começou a ter sucesso pela cidade, se destacando jogando pelo Portuários.

Álbum de figurinhas do Jabuca de 1951

Porém, ele demorou a levar o futebol a sério, pois trabalhou como cobrador de gelo. Como não era valorizado por seu patrão, resolveu fazer uma peneira no Jabaquara, após ser indicado por Papa, um olheiro do Rubro Amarelo, e em 1945 ele entrou para os times de garotos do Leão, iniciando sua bela história.

No Jabaquara, Gylmar foi ganhando espaço e logo começou a aparecer na equipe principal do clube, mesmo não tendo completado 20 anos. Em 1950 já jogava de titular e, no ano seguinte, participou do campeonato onde o Leão ficou conhecido por fazer manobras nos bastidores da Federação Paulista de Futebol, o que acabou criando a expressão na cidade de Santos "Vou Botar o Jabuca em Campo" (se você não conhece a história, pode verificá-la clicando aqui).

Estátua em homenagem à Gylmar na sede do Leão

Ainda em 1951, o Corinthians queria comprar o meia Ciciá. O Jabaquara só aceitou negociá-lo se o Timão leva-se o jovem goleiro como contrapeso. Como os dois jogadores alvinegros da posição, Cabeção e Bino, ainda não haviam renovado seus contratos, os diretores corintianos aceitaram levar Gylmar também.

A partir daí, a história de Gylmar é bem conhecida. Ciciá não deu certo, voltou para Santos e jogou novamente no Jabaquara e na Portuguesa Santista, e o goleiro se tornou um dos maiores de todos os tempos na posição, ganhando títulos no Corinthians, no Santos, disputando quatro Copas do Mundo, tendo levantado a taça em duas delas. Mas toda essa história não existiria se não tivesse o Jabaquara na vida de Gylmar.
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2 comentários:

  1. Grande, saudoso, inesquecível, Gylmar dos Santos Neves. Linda História! Apenas uma retificação com referência a participação dele em Copas do Mundo que foram três que ele disputou e não quatro, disputou em 1958, 1962 e 1966.

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