Ação social busca ajudar meninas de baixa renda a participar de camp da Juventus

Lançamento foi feito no Museu do Futebol

A Juventus de Turim, um dos clubes mais tradicionais do mundo, está lançando para o mês de dezembro o seu primeiro Soccer Camp Feminino no Brasil. A ação é uma clínica de treinamento para garotas que gostam de futebol. O lançamento do Camp foi feito em coletiva de imprensa realizada na tarde do último sábado, dia 28, no auditório do Museu do Futebol do Pacaembu, antes do amistoso Brasil 0 x 1 Nova Zelândia, que você pode conferir como foi aqui mesmo em O Curioso do Futebol, com a participação de Marco Aurelio Cunha, coordenador de futebol feminino da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marcel Ciobotariu, responsável pelo Juventus Camp Brazil e Jonas Urias, do Centro Olímpico, uma das melhores equipes de base no futebol feminino.

Para o Camp, que será realizado entre os dias 16 e 19 de dezembro, no Ipê Clube, no Ibirapuera, em São Paulo, poderão participar meninas de 6 a 17 anos que terão todo o apoio e ensinamentos de técnicos e profissionais italianos. Esta ação é uma parceria entre a Juve e o Pelado Real Futebol & Arte, empresa responsável em oferecer serviços esportivos para mulheres na capital Paulista.

Atletas do Centro Olímpico após o lançamento

"Sabemos das dificuldades que as meninas encontram para jogar bola entre elas, criar equipes femininas e, consequentemente, se identificar mais com o esporte. O Juventus Soccer Camp Feminino será uma oportunidade pioneira para que elas possam viver essa experiência única e encantadora de vestir a camisa de um grande clube, aprender com técnicos estrangeiros e interagir com as garotas", afirma Júlia Figueiredo, uma das sócias do Pelado Real & Arte.

Mas a intenção do Pelado Real & Arte não é apenas realizar o Camp. Como forma de dar acesso ao maior número de meninas possíveis, a empresa lançou uma Campanha de Financiamento Coletivo, o famoso Crowdfunding, intitulada "Nem toda menina nasceu para ser bailarina". O objetivo é financiar a inscrição de meninas de baixa renda nessa experiência.

Lançamento contou com dirigentes do futebol feminino brasileiro

Todo o valor líquido arrecadado será revertido para bancar a inscrição de meninas indicadas pelo Centro Olímpico, um dos principais formadores de atletas do futebol feminino do país. A ideia é oferecer a oportunidade a garotas que já de dedicam ao futebol e que possuem perspectiva de continuidade após a participação da clínica.

Durante a coletiva, Marco Aurélio Cunha falou que a CBF apoia toda iniciativa de desenvolvimento do futebol feminino. "Ações como esta incentivam as meninas conhecerem mais o esporte e, assim, a probabilidade de formação de jogadoras aumenta".

A campanha fica no ar e aberta a doações até o dia 15 de dezembro na plataforma Kickante. O doador pode escolher receber recompensas em troca da sua contribuição, as quais variam entre camisas femininas exclusivas e uniforme oficial da Juventus. O site é o www.kickante.com.br/realesporte.

Futebol paulista define seus últimos campeões

Todos os campeões da FPF em 2015

Neste último fim de semana, foi encerrado o calendário do futebol paulista. Os últimos jogos das competições realizadas pela FPF foram todos realizados no último sábado, com finais do Sub-15, Sub-17, Sub-20 da primeira e segunda divisões e Copa Paulista. O destaque era o Santos, que disputava três finais, mas ficou sem ganhar títulos no dia 28, ficando com o que já havia conquistado: o Sub-13 e a A-1. Vamos conferir os resultados.

Às 9 horas, Santos e Audax se enfrentaram na Vila Belmiro na disputa do título do Sub-15. No primeiro jogo, realizado na Cidade de Deus do Bradesco, em Osasco, o jogo terminou 1 a 1. O Peixe tinha a vantagem do empate em casa, mas foi surpreendido pelos visitantes, que venceram por 1 a 0 e levantaram a taça.

No Sub-17 deu São Paulo

Às 11 horas, o São Paulo recebeu o Santos no CT de Cotia, na decisão do Sub-17. No primeiro embate, realizado na Vila Belmiro, o Peixe buscou o empate após estar perdendo por 1 a 0 e com um jogador a menos. A segunda partida terminou com o placar de 1 a 1 e como o Tricolor tinha a melhor campanha na competição, conquistou o caneco.

No mesmo horário, Corinthians e Santos faziam a final do Sub-20 em Itaquera. Jogando em casa, na Arena Corinthians, e contando com uma vantagem de 4 a 0, resultado obtido na Vila Belmiro na semana passada, o Timão entrou em campo praticamente campeão. O Santos ainda conseguiu vencer o embate, por 3 a 2, mas o título ficou mesmo com a equipe da Fiel Torcida.

Pela tarde, o Estádio Vereador José Ferez, em Taboão da Serra, foi o palco da final do Sub-20 da Segunda Divisão. O CA Taboão da Serra recebeu o Grêmio Prudente podendo até empatar, já que no primeiro jogo, em Presidente Prudente, o placar foi de 2 a 2. Porém, o CATS conquistou o título fechando o campeonato com chave de ouro: 5 a 1 no placar e muita comemoração do campeão.

O Linense levou a Copa Paulista

A noite aconteceu a final mais disputada do sábado. O Ituano recebeu o Linense no Novelli Junior, em Itu, na decisão da Copa Paulista. A primeira partida, em Lins, terminou 2 a 2 e ambas as equipes teriam que ganhar para conquistar a taça. No caso de novo resultado igual, o jogo iria para os pênaltis. Como a partida terminou 0 a 0, foi dessa forma que a Copa Paulista foi decidida e ficou nas mãos do Linense, que está classificado para a Copa do Brasil do próximo ano.

As outras finais do ano foram decididas anteriormente: No Sub-11, o Palmeiras bateu o Santos e conquistou o campeonato. No Sub-13, o Peixe conseguiu passar pelo Corinthians e conquistar o título. Na Bezinha, o campeão foi o São Carlos, após vencer o Fernandópolis na fina. Na Série A-3, o Taubaté, o Burrão da Central, passou pelo Votuporanguense e conquistou a competição. Na Série A-2, em formato de pontos corridos, a Ferroviária fez mais pontos e levantou a taça, confirmando sua volta para a elite do Paulistão. No principal, o Santos venceu o Palmeiras nos pênaltis e conquistou o 20º título estadual.

Feminino Sub-20 - Brasil goleia e se classifica com melhor campanha

Brasil passou pelo Peru e garantiu o primeiro lugar no Grupo A

A primeira fase do Campeonato Sulamericano Feminino Sub-20 foi encerrada hoje com dois jogos na Vila Belmiro, em Santos. Na primeira partida, o Paraguai, que tinha remotas chances de classificação, foi derrotado pelo Chile por 4 a 2. No segundo jogo, o Brasil goleou o Peru por 4 a 0, garantiu o primeiro lugar do Grupo A e, de quebra, chega ao quadrangular decisivo com a melhor campanha de toda a competição.

Paraguai e Chile entraram no gramado do Estádio Urbano Caldeira com pensamentos diferentes para a partida. As paraguaias tinha uma remotíssima chance de classificação. Teriam que ganhar o seu jogo, torcer para uma derrota do Brasil e ainda descontar quatro gols de saldo. Já as chilenas, sem chances de classificação, queriam se despedir do Sulamericano de maneira digna.

Porém, nos primeiros minutos de partida parecia que quem tinha a chance de classificação era o Chile e esta foi a tônica do jogo. A equipe vermelha partiu para cima das paraguaias e abriu o placar aos 10 minutos. Em escanteio cobrado pela direita, a bola desviou na zaga da Albirroja e enganou a goleira Natasha Martinez. Chile 1 a 0.

Jogadora paraguaia tenta passar pela chilena

Depois do gol tomado, o Paraguai deu uma acordada e resolveu jogar um pouco, empatando a partida três minutos depois. Em bola alçada na área, a defesa chilena falha feio e Amara Safuán aproveitou: tudo igual na Vila Belmiro.

Porém, o gol não deu o ânimo que as paraguaias precisavam e a equipe chilena continuava mandando no jogo. Após algumas chances de gols perdidas, o placar foi mexido aos 25 minutos. Katya Ponce recebeu um bom passe dentro da área e finalizou com perfeição, fazendo 2 a 1 para o Chile.

E o Chile continuou mandando no jogo, ampliando o marcador ainda no primeiro tempo. Aos 39 minutos, Paulina Lara fica cara a cara com a goleira Natasha Martinez e, com um leve toque, amplia a contagem: 3 a 1 e foi assim que a primeira etapa terminou.

Disputa de bola

Nos 45 minutos finais, a partida esfriou, mas o Chile continuou dominando as ações. Já o Paraguai, abatido com a eminente desclassificação, esboçou pouca reação. As chilenas ampliaram o placar aos 21 minutos. Paulina Lara, que foi a artilheira da equipe na competição, mas só foi titular na última partida, recebeu sozinha na área e não perdoou: Chile 4 a 1.

Mas, ao menos, o Paraguai pôde se despedir de Santos e da competição com mais um gol. Novamente em bola alçada na área chilena, aos 44 minutos, Lice Chamorro desviou a bola com a coxa e balançou as redes, dando números finais à partida: Chile 4, Paraguai 2.

No intervalo entre as duas partidas, aquele bate-papo sempre interessante com o sempre presente Luiz Santos, a assessora de imprensa do Paraguai, Yéssica Tilleria, que estava triste pela derrota da Albirroja, o repórter de campo da TV Brasil, Lincoln Chaves, e o fotógrafo da Seleção Brasileira, Rafael Ribeiro.

Seleção Brasileira

Na segunda partida da noite, o Brasil, que com o resultado anterior já estava classificado, entrou em campo para enfrentar o Peru, pior equipe do grupo. Sabendo da situação, o técnico brasileiro Doriva Bueno resolveu poupar algumas titulares para o quadrangular decisivo.

A partida, que estava marcada para começar às 19h10, teve um atraso de 30 minutos. As goleiras de ambas as equipes estavam com a camisa da mesma cor, cinza. Como o Brasil era o mandante do jogo, era obrigação do Peru trocar o uniforme. Mas havia um problema: os peruanos só tinham levado ao estádio camisas de goleira cinza. Em resumo, um membro da Federação Peruana teve que ir até o hotel onde a delegação está hospedada para pegar um uniforme vinho.

A equipe peruana

Logo no início, o Brasil mostrou que queria buscar o primeiro lugar do Grupo A. As jogadores pressionaram o time peruano e o primeiro gol até demorou a sair se for levado em conta o volume de jogo imposto pelas brasileiras. Aos 18 minutos, a centroavante brasileira Kélen dominou a bola a meia altura e acertou um lindo chute. A 'redonda' ainda bateu no travessão antes de balançar as redes. Golaço e 1 a 0 no placar.

A pressão brasileira continuou forte para cima das peruanas, que poucas vezes passaram do meio de campo no primeiro tempo. Aos 24 minutos, pênalti para o Brasil. Marjorie se apresenta para a cobrança, mas bate fraco, facilitando a defesa da goleira Maryory Sanchez.

Pênalti perdido pelo Brasil

Alguns torcedores esboçaram um xingamento, mas quatro minutos depois, o grito foi de gol. Jennifer recebeu a bola na intermediária, saiu da marcação, mesmo sendo puxada pela camisa, e, na entrada da área, fuzilou no canto direito da goleira peruana. Brasil 2 a 0. Após o segundo tento, as brasileiras ainda continuaram pressionando o time do Peru, mas o placar foi inalterado até o fim da primeira etapa.

Relaxadas por estarem garantindo o primeiro lugar do Grupo A, as brasileiras se soltaram e fizeram um jogo bonito no segundo tempo, com direito a belos lances. Aos 12 minutos, o Brasil ampliou em uma bela jogada. Kélen deu um lindo drible da vaca na defensora peruana e tocou para Geyse fazer 3 a 0.

Geyse (21) fez dois gols

O Brasil continuou jogando bem e fez o quarto aos 25 minutos. Geyse chutou forte de fora da área, a goleira Maryory Sanchez ainda tocou na bola, mas não evitou o gol brasileiro. A Seleção Canarinho ainda tentou ampliar a contagem até o fim da partida, mas o placar ficou mesmo no 4 a 0 para o Brasil.

Neste sábado não haverá jogos da competição e o quadrangular decisivo começa a ser disputado neste domingo. Às 17 horas, a Argentina encara a Venezuela. Já o Brasil enfrenta, às 19h10, com transmissão ao vivo da TV Brasil, a Colômbia. Ambas as partidas serão na Vila Belmiro.

Conheça a Academia de Futebol Pérolas Negras do Haiti

Uma das equipes dos Pérolas Negras

Ontem foi anunciado os grupos da Copa São Paulo de Juniores de 2016. Entre os times grandes, os tradicionais, os de empresários e aqueles sensacionais, como o Galvez, São Raimundo de Roraima e o Altos do Piauí, um time chamou a atenção de todos os amantes do futebol: o Pérolas Negras do Haiti, ou Perles Noires, que vai estar no Grupo 28, ao lado de Juventus, América Mineiro e São Caetano, com jogos na Rua Javari.

O Académie de Football Perles Noires é a única equipe estrangeira da próxima edição da competição. Mas, na verdade, ela não é bem estrangeira. Quem financia a equipe é a Organização Não-Governamental (ONG) Viva Rio, através de doações. A agremiação foi criada em 2011.

Passagem pelo Rio, jogando no campo do Madureira

A equipe já fez três excursões para fora do Haiti. Os atletas foram para a Noruega, em 2013, e já estiveram por aqui em duas ocasiões: 2014 e 2015, onde jogaram contra a Seleção das Favelas do Rio de Janeiro.

Toda a Comissão Técnica do Perles Noires é formada por brasileiros, formados na Universidade de Viçosa. O clube conta com um belo Centro de Treinamento na periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti. O CT foi construído pela ONG Viva Rio e lá, os atletas contam com alojamento para 96 pessoas e tem cinco refeições diárias.

Treinamento da equipe

O Perles Noires contam com equipes a partir de 12 anos de idade. Porém, não há um time adulto. Ou seja, o elenco que estará em São Paulo, que tem média de idade de 18 anos, está na última categoria do clube e precisa procurar outra agremiação para continuar com a carreira.

A participação do Perles Noires na Copa São Paulo de 2016 veio através de conversas entre a ONG Viva Rio, o Itamaraty e as federações Haitiana e Paulista de futebol. A equipe vê  a competição como uma vitrine para seus atletas. Os jogadores esperam chamar a atenção dos clubes brasileiros e tentarem, ao menos, um teste em terras tupiniquins. 

Colômbia se classifica mesmo com goleada do Equador no Feminino Sub-20

No primeiro tempo, partida foi equilibrada

A rodada de hoje, na Vila Belmiro, do Campeonato Sulamericano Feminino Sub-20, foi emocionante até o último minuto. A Colômbia goleou o Uruguai por 4 a 0 e conseguiu a classificação para o quadrangular decisivo da competição. Porém, a vaga só veio depois do resultado do último jogo, quando o Equador ganhou da Argentina, que já estava garantida na fase final, por 4 a 1. Se as equatorianas conseguissem mais um gol, eram elas que comemorariam.

A primeira partida do dia envolvia colombianas e uruguaias. Ambas as equipes estavam empatadas com quatro pontos e buscavam a vitória para seguir na competição. Antes da partida, conversei com Fanny Ruetalo, do Fútbol Florida, que estava confiante na vitória da Celeste. Já os torcedores colombianos, muito animados, acreditavam no triunfo colombiano.

A partida começou muito equilibrada. A Colômbia apostava em seu bom toque de bola no meio de campo e as passagens das laterais. Já o Uruguai contava com a boa atacante Badell, que atormentava a defesa adversária com seus rápidos dribles. Isto fez com que as volantes colombianas não aparecessem tanto para o jogo.

No segundo tempo, foram raras as chances uruguaias

Foram poucas finalizações no primeiro tempo. Apenas a goleira uruguaia Martinez teve trabalho, aos 9 minutos. O equilíbrio acabou se traduzindo no placar. Ao final dos 45 minutos iniciais, o 0 a 0 persistiu na Vila Belmiro.

Se a primeira etapa foi de equilíbrio, o segundo tempo teve uma dona: a Colômbia. Aos 10 minutos, em cruzamento pela direita, a bola passou por todo mundo, menos pela centroavante Valentina Restrepo, que fez jus ao número 9 na camisa e marcou. O placar apontava 1 a 0 para as colombianas.

Com o gol sofrido, o Uruguai se lançou ao ataque, tentando a virada, deixando espaços para o contra-ataque das colombianas. Aos 19, Ocampo, que havia acabado de entrar, perdeu uma grande chance de ampliar o marcador.

Gol de pênalti colombiano

Aos 22 minutos, uma grande confusão na área uruguaia. A bola ficou na frente do gol, a colombiana Leicy Santos tentou fazer o gol com a mão e, em seguida, a defensora da Celeste Graña quase encaixou a bola. Pênalti para a Colômbia e expulsão da camisa 14 do Uruguai. Na cobrança, Leicy não perdoou: 2 a 0 para as colombianas.

Após o segundo gol, ficou claro o nervosismo das uruguaias, já que o resultado eliminaria a equipe. A Colômbia aproveitou para aumentar o marcador. Ocampo aproveitou a bobeira da zaga Celeste e, de cabeça, fez o terceiro gol da equipe cafeeira. E antes do apito final, a Colômbia ampliou. Laura Renteria foi lançada e tocou na saída da goleira Martinez. O placar de 4 a 0 deixava as colombianas muito próximas à próxima fase. Porém, era necessário esperar o resultado do segundo jogo para poder comemorar.

Colombianas comemoram a vitória

O jogo de fundo colocava frente a frente duas equipes com pensamento diferente na competição. A Argentina, já garantida na primeira colocação do Grupo A, poupou praticamente todo o seu time titular para a fase final. Já o Equador tinha que entrar contudo para seguir no Campeonato. A equipe necessitava ganhar de quatro gols de diferença para chegar ao quadrangular decisivo.

O Equador, precisando fazer o resultado, abriu o placar com três minutos de jogo. Em bola alçada na área da Argentina, Kelly Vera aproveitou a sobra e fez 1 a 0 para as equatorianas. Seis minutos depois, a Argentina empatou com Micaela Cabrera, após falha da defesa adversária.

O Equador precisava golear a Argentina com várias reservas

Em alguns momentos da partida, mesmo com a Argentina jogando com várias reservas, parecia que o Equador não precisava do resultado para classificar, pois não fazia a pressão necessária para conseguir os gols. Mas, aos 25 minutos, as equatorianas fizeram o segundo. Em outra bola alçada na área da Argentina, Mariela Jacome subiu mais do que todo mundo e fez 2 a 1, placar que ficou até o fim da primeira etapa.

O Equador iniciou o segundo tempo muito mal e como a Argentina estava com a cabeça no quadrangular final, o jogo ficou muito ruim. A situação melhorou apenas depois da parada técnica. As equatorianas devem ter percebido que precisavam de três gols para a classificação e foram para cima, aproveitando o relaxamento argentino.

Aos 28 minutos, Kerlly Real aproveitou a falha da defesa da Argentina e aumentou para o Equador. O placar apontava 3 a 1. As equatorianas erravam demais e pouco finalizavam. O quarto gol saiu apenas aos 49, com Mariela Jacome. A árbitra Maria Bellen Carbajal só esperou a saída de bola argentina do meio de campo para encerrar o jogo. Faltou um gol para as equatorianas.

Cabeçada que originou segundo gol equatoriano

Mesmo com a classificação assegurada, alguns torcedores colombianos reclamaram da falta de empenho da equipe da Argentina no jogo. Lembraram de outros 'causos' do futebol argentino, inclusive o caso do goleiro 'portenho' naturalizado peruano Quiroga na Copa do Mundo de 1978, que acabou tirando o Brasil da final da competição.

Amanhã, será realizada a última rodada da primeira fase do Grupo A da competição. Na preliminar, às 17 horas, o eliminado Chile enfrenta o Paraguai, que tem uma pequena chance de classificação. Depois, o Brasil precisa apenas de um empate contra o Peru para se garantir no quadrangular final. Caso a Seleção Brasileira vença, vai para a fase decisiva como a melhor campanha da competição. Os jogos serão na Vila Belmiro. Compareça!

A inacreditável Batalha dos Aflitos completa 10 anos

Comemoração dos gremistas

Um clube campeão mundial, bi da Libertadores e com vários títulos nacionais tem como uma de suas partidas mais importantes de sua história uma decisão de Brasileirão Série B. É incrível isto, não? Mas, realmente não foi uma partida comum. Hoje, 26 de novembro, completa 10 anos do dia em que o Grêmio venceu o Náutico por 1 a 0 e conquistou a segunda divisão do Brasil. O título é diminuto, perto das outras conquistas, porém o Tricolor Gaúcho derrotou o Timbu com quatro jogadores expulsos e o goleiro Gallatto defendeu dois pênaltis.

O Grêmio teve um ano de 2004 para esquecer. A equipe foi rebaixada na Série A com algumas rodadas de antecedência e entrou no ano seguinte com vários problemas. O clube passava por dificuldades financeiras e o time montado para o Gauchão estava longe do ideal.

Depois de um estadual fraco, o Grêmio começou a montar o time para a Série B. A primeira atitude foi buscar no Caxias o técnico Mano Menezes, que havia sido semifinalista da Copa do Brasil de 2005 pelo 15 de Campo Bom. O elenco foi sendo montado com jogadores do interior gaúcho, alguns jogadores cascudos que passaram pelos grandes do futebol brasileiro, dois sulamericanos (o atacante paraguaio Lipatin e o lateral Escalona) e três jóias a serem lapidadas da casa: o goleiro Gallato, o volante Lucas Leiva e o meia atacante Anderson, este com apenas 17 anos.

O início do Tricolor na Série B não foi muito animador. A equipe sofria com a falta de entrosamento e os jogadores ainda chegavam ao clube durante a competição. Aos poucos, o Grêmio foi melhorando e conseguiu classificar para a segunda fase em quarto lugar.

Na segunda fase, o Grêmio melhorou um pouco mais e, enfrentando Santa Cruz, Santo André e Avaí, passou em segundo, chegando ao quadrangular final da Série B junto com o time da Cobra Coral, Náutico e Portuguesa. Das quatro equipes, duas estariam na Série A de 2006.

A confusão depois do pênalti marcado

As quatro equipes chegaram à última rodada com chances de acesso. O Grêmio tinha 9 pontos, contra 7 do Santa Cruz, 6 do Náutico e 5 da Lusa, que era a única equipe que não poderia chegar ao título. Quis o destino, devido às colocações das equipes nas fases anteriores, que os jogos decisivos, marcados um sábado, 26 de novembro de 2005, fossem em Recife: Santa Cruz e Portuguesa se enfrentariam no Mundão do Arruda. Já o Grêmio encararia o Náutico nos Aflitos.

O Náutico tomou algumas atitudes para deixar o seu estádio ainda mais desconfortável para os gaúchos. O vestiário dos visitantes foi pintado no mesmo dia da partida, deixando um cheiro forte.Os jogadores foram impedidos de fazer aquecimento no campo, seu vestiário estava com cadeado e a chave havia 'sumido'. Tudo em retaliação a falta de água ocorrida no vestiário visitante no jogo de ida, no Olímpico.

A bola começou a rolar nos dois estádios de Recife e o drama começou. No Arruda, a Portuguesa saía na frente, o que colocava a equipe paulista de volta à Série A. Mas logo o Santa Cruz empatou. Nos Aflitos, o Grêmio, que jogava pelo empate para conseguir o acesso, se trancava, enquanto o Náutico pressionava os visitantes em busca da vitória.

Aos 32 minutos, pênalti para o Náutico. O experiente lateral Bruno Carvalho foi para a cobrança e acertou a trave. Era o primeiro indício de que aquele era o dia do Grêmio. As duas partidas foram para o intervalo. Grêmio e Santa Cruz estavam indo para Série A, sendo que o último conquistava o título, já que tinha virado o placar para cima da Portuguesa.

O segundo tempo no Arruda, o Santa Cruz controlou o resultado. Já nos Aflitos, aconteceria um dos 45 minutos mais emocionantes da história do futebol mundial. Logo no início, o chileno Escalona, que já cartão amarelo, fez uma falta brusca e foi expulso pelo árbitro Djalma Beltrami.

Anderson sofrendo a falta cometida por Batata

O jogo rolava e o Náutico pressionava de todas as formas. Um golzinho e o Timbu estaria na Série A. Logo aconteceria o lance que marcou a partida. Em um chute sem pretensões, que seria facilmente defendido por Gallato, a bola bate na mão de Nunes e o árbitro não teve dúvidas: pênalti para a equipe da casa e os torcedores que lotavam o Aflitos explodiam de felicidade.

A marcação gerou revolta e muita confusão. Os jogadores do Grêmio cercaram e derrubaram o árbitro Djalma Beltrami. Nunes e Patrício foram expulsos por agredir o juiz. A Polícia Militar precisou entrar em campo para evitar briga generalizada. Mas a confusão seguiu.

O meia Marcel fazia um buraco na marca da cal. Já o zagueiro Domingos, na tumulto, deu tapão na bola, que estava na mão do árbitro. O que aconteceu? O defensor, que estava no Grêmio emprestado pelo Santos também foi expulso. Os jogadores do Tricolor ameaçaram abandonar o campo, mas os diretores gremistas não deixaram.

Foi um dos pênaltis mais longos da história do futebol brasileiro. Só para terem uma ideia, o jogo entre Santa Cruz e Portuguesa foi encerrado e os jogadores do Santinha davam a volta olímpica, já que o empate no Náutico e Grêmio dava o título da Série B para a Cobra Coral.

E a situação do Grêmio era terrível. Com apenas sete atletas em campo e um pênalti a ser cobrado contra. Nem os mais fanáticos dos gremistas acreditavam que o time sairia com o acesso do Aflitos. Ainda mais com o título.

Foram 25 minutos de confusão e apenas menos de 10 para o fim da partida. O atacante do Náutico Kuki, ídolo da torcida, sentiu a pressão e entregou a bola ao defensor Ademar. Ele correu, bateu e apareceu, novamente, a estrela do goleiro Gallato, que defendeu a cobrança. A torcida do Grêmio comemorava. Porém, eram apenas sete jogadores tricolores contra 11 do Timbu. Ia ser difícil segurar o time da casa.

Outra estrela de um prata da casa brilhou em seguida. O garoto Anderson, de apenas 17 anos, entrou no decorrer da partida e entrou para a história imortal tricolor. Ele é lançado, parte para o contra-ataque e é derrubado pelo zagueiro Batata, que é expulso. Marcelo Costa cobra a falta rapidamente para o próprio Anderson, que invadiu a área do Timbu, passou por dois defensores e tocou na saída do goleiro Rodolpho.

INACREDITÁVEL, dizia o narrador da Rádio Gaúcha!!! Depois de ter dois pênaltis contra e estar com apenas sete jogadores em campo, o Grêmio fazia 1 a 0 com gol de um garoto de 17 anos. Nem os maiores roteiristas do cinema mundial escreveria um filme tão fascinante.

Grupo unido no vestiário após a partida

O gol abalou os jogadores do Náutico, que nada fez no resto do jogo. Já o Grêmio ficou com todos os jogadores na defesa e torcendo para a partida terminar o mais rápido possível. Lucas Leiva, que tinha entrado no intervalo, controlava o jogo como um veterano, ao lado do capitão Sandro Goiano. Quando Djalma Beltrami apitou o final do jogo, os atletas do Grêmio correram subiram o alambrado do Aflitos na parte onde estava os torcedores do Tricolor. A festa era enorme.

A conquista virou até  um documentário (com um roteiro pronto SENSACIONAL, diga-se). É claro que o título da Série B de 2005 está longe de ser o título mais importante da história do Grêmio, mas a garra e o espírito do Imortal neste dia ficou marcado para sempre na história não só do clube, mas do futebol brasileiro.

FICHA TÉCNICA

Náutico 0 x 1 Grêmio

Local: Estádio dos Aflitos (Recife)
Data: 26 de novembro de 2005
Árbitro: Djalma Beltrami

Gol: Anderson, aos 63 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Bruno Carvalho, Tozo, Paulo Matos e Miltinho (Náutico), Pereira e Lipatin (Grêmio).

Cartões vermelhos: Batata (Náutico); Escalona, Nunes, Patrício e Domingos (Grêmio).

Náutico - Rodolpho; Bruno Carvalho (Miltinho), Tuca, Batata e Ademar; Tozo (Betinho), Cleisson, David (Romulado) e Danilo; Paulo Matos e Kuki - Técnico: Roberto Cavalo.

Grêmio - Galatto; Patrício, Pereira, Domingos e Escalona; Nunes, Sandro, Marcelo e Marcel (Ânderson); Lipatin (Marcelo Oliveira) e Ricardinho (Lucas) - Técnico: Mano Menezes.

Santos 1 x 0 Palmeiras – O título está em aberto

*por Lucas Paes

O 1 a 0 deixa o título em aberto para a próxima partida

Como era de se esperar, o Santos foi mais ofensivo em um jogo onde a bola pouco rolou na Vila Belmiro, nesta quarta-feira, dia 25. Em partida nervosa, marcada por muitas faltas, o Santos venceu pelo placar mínimo, com um gol de Gabriel, que tinha perdido um pênalti no começo da partida. O placar não diz o que foi o jogo, já que o Palmeiras jogou mal e teve o goleiro Fernando Prass como herói.

O início da partida foi eletrizante. A melhor chance palmeirense ocorreu no primeiro lance, em cabeçada de Jackson para fora. Em seguida, Gabriel Jesus se contundiu e deixou a partida. Depois disso, praticamente só deu Santos. Aos 5 minutos, Ricardo Oliveira foi puxado por Arouca: pênalti, que Gabriel chutou na trave. A penalidade não desanimou o Santos, que teve diversas outras chances na primeira etapa, enquanto o Palmeiras pouco chegava.

No segundo tempo, a polêmica entrou em campo. Lucas Barrios foi derrubado por David Braz, mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira não marcou pênalti. Falando no árbitro, até ele foi substituído. O quarto árbitro Marcelo Aparecido de Souza teve que assumir o apito.

Voltando às equipes, apesar de não oferecer muito perigo, o Palmeiras tentou pressionar mais na segunda etapa, porém o jogo era marcado pelas faltas cometidas pelos dois times. Inclusive houve reclamações dos jogadores de ambos os lados sobre o excesso de jogadas faltosas.

Água mole em pedra dura? Tanto bate até que fura! E em um aguaceiro, o Santos conseguiu o seu gol. Passe de Lucas Lima para Gabriel, que dominou bonito e chutou colocado para marcar o único tento da partida. O resultado era melhor que o 0 a 0 para os santistas, mas ainda não era satisfatório.

Gabriel comemora o único gol da partida

No último lance, o Santos teve em seus pés a chance de praticamente definir a Copa do Brasil. Ricardo Oliveira driblou o goleiro, a bola deu uma esticada, mas Nilson entrou finalizando com o gol aberto. A torcida santista se preparou para gritar gol, mas o centroavante reserva do alvinegro perdeu um dos tentos mais feitos da história da Copa do Brasil. Foi INACREDITÁVEL!

A torcida do Palmeiras, mesmo com sua equipe tendo perdido o jogo de 1 a 0, comemorou o resultado, que pelo o que rolou nos 90 minutos, foi realmente bom para o Alviverde. Entretanto, diante do que o Santos vêm apresentado fora de casa na Copa do Brasil (venceu o Corinthians e o São Paulo fora), a final ainda está aberta.

Santos e Palmeiras fazem a finalíssima da Copa do Brasil na próxima quarta-Feira, dia 2 de fevereiro, às 22 horas, no Allianz Parque, em São Paulo. Promessa de casa cheia, pois os ingressos para a segunda partida estão esgotados.

FICHA TÉCNICA

Santos FC 1 x 0 Palmeiras

Local: Vila Belmiro, às 22 horas;
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP-FIFA);
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP-FIFA) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP-FIFA).
Público pagante: 14.116
Renda: R$ 1.631.560,00

Cartões amarelos: Renato (SFC), Ricardo Oliveira (SFC), Gabriel (SFC), Victor Ferraz (SFC); Fernando Prass (Pal), Matheus Sales (Pal), Lucas Barrios (Pal), Arouca (Pal), Lucas (Pal), Dudu (Pal)

Cartão vermelho: Lucas (Pal)

Gol: Gabriel (SFC), aos 33 minutos do segundo tempo.

Santos FC: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia(Nilson), Renato e Marquinhos Gabriel (Geuvânio); Lucas Lima, Ricardo Oliveira e Gabriel (Neto Berola) - Técnico: Dorival Júnior.

Palmeiras: Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Arouca, Matheus Sales (Amaral), Robinho e Gabriel Jesus (Kelvin); Dudu e Lucas Barrios (Rafael Marques) - Técnico: Marcelo Oliveira

* Lucas Paes é estudante de Jornalismo e colaborador de O Curioso do Futebol.

Feminino Sub-20: Brasil vence e Venezuela garante classificação

Brasil teve, no segundo tempo, o melhor futebol na competição

O Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista, foi, nesta quarta-feira, dia 25, mais uma vez palco dos jogos do Campeonato Sulamericano Feminino Sub-20, desta vez do Grupo A. O Brasil deu um passo importantíssimo para chegar ao quadrangular final ao vencer o Chile por 1 a 0. Já a Venezuela derrotou o Peru por 3 a 1 e garantiu a classificação.

As informações da rodada iniciaram muito antes das partidas. Pela manhã, foi anunciado a inversão dos jogos marcados para o mesmo dia. A pedido da TV Brasil, o jogo da Seleção Canarinho passou das 19h10 para às 17 horas. Tudo isso porque a rede de televisão iria transmitir, em seguida, a final do Brasileirão Caixa Feminino, entre São José e Rio Preto. Porém, uma questão jurídica impediu a realização da 'peleja' que definiria o campeão nacional. Mas a partida do Brasil acabou sendo confirmada para o famoso horário das cinco da tarde.

Voltamos ao Ulrico Mursa e o destaque fica para o sistema de som do estádio, comandado pelo mito do cronismo esportivo de Santos, Walter Dias. Sua voz marcante, com as informações certeiras são características fortes nos jogos da Briosa e que está acontecendo também no Sulamericano Sub-20. Além disso, o destaque fica a seleção musical, com sucessos dos anos 80, 90 e início de 2000, como 'Deixa Eu Te Amar', do Agepê, e 'Dança do ET', de Rodolfo e ET.

Jogada pela lateral

Mas aqui é para falar de futebol e Brasil e Chile buscavam se aproximar da classificação para a segunda fase da competição. Por isso, a partida começou nervosa, com poucos ataques de ambas as equipes. Aos poucos, as brasileiras foram tendo um pouco mais de atitude, dominando as ações, mas nada que enchesse os olhos dos torcedores presentes em Ulrico Mursa, em número muito maior do que nas rodadas anteriores.

Depois da parada técnica para hidratação, o Chile voltou melhor. O meio de campo chileno envolvia as jogadoras brasileiras. Aos 30 minutos, por muito pouco o Brasil não tomou o gol. A goleira Carla fez duas belas defesas, na sequência, e evitou o tento das adversárias.

O Chile continuou pressionando, mas a máxima 'quem não faz, toma' jogou a favor do Brasil. Aos 44 minutos, a capitã Júlia cobrou falta na intermediária, alçando a bola na área. Gabi Nunes desviou de cabeça, encobrindo a goleira Fernanda Cárdenas. Brasil 1 a 0 e com esse placar a partida foi para o intervalo.

Gabi, autora do gol brasileiro

No segundo tempo, o Brasil, em vantagem no placar, voltou muito melhor. A Seleção dominava as ações e não deixou o Chile, que praticamente não teve chances nos 45 minutos finais, respirar. Gabi Nunes comandava as ações, contando sempre com a parceria de Jennifer e Kellen. Foi o melhor futebol apresentado pelas brasileiras até agora no competição. Porém, todo esse volume de jogo não se transformou em gol.

A melhor chance do Brasil no segundo tempo veio através de uma cabeçada de Gabi Nunes, aos 17 minutos. A goleira Fernanda Cárdenas falhou no primeiro lance, deixando a bola escapar de suas mãos, mas evitou que a mesma ultrapassasse a linha do gol. Ao final da partida, 1 a 0 para o Brasil, resultado que deixou a equipe a um passo do quadrangular decisivo.

Entre o primeiro e segundo jogos, um bate-papo legal com o jornalista Lincoln Chaves, repórter de campo da TV Brasil, e também com o fotógrafo da CBF, Rafael Ribeiro, além dos sempre presentes Luiz Santos e Flavio Hopp. Nas arquibancadas, estavam a representante do Fútbol Florida, Fanny Ruetalo, preocupada com o jogo do Uruguai de amanhã, e a assessora de imprensa da Seleção Paraguaia, Yéssica Tillería, já que a rodada desta quarta tem influencia no futuro da Albirroja na competição. Vale ressaltar a presença da Força Rubro Verde, a torcida da Portuguesa Santista.

Peruanas tentam fazer jogada na linha de fundo

Na segunda partida, Venezuela e Peru faziam o jogo que definiria o futuro de ambas na competição. Um resultado positivo das venezuelanas as colocariam na fase final da competição. Já as peruanas tentavam o último respiro, já que qualquer placar que não fosse vitória desclassificaria a equipe. Além disso, paraguaias e chilenas torciam para o Peru, para manterem as chances.

Porém, toda a torcida para o Peru durou apenas 9 minutos. Apesar do leve domínio no início, a defesa da equipe da faixa vermelha da camisa cometeu uma falha, a bola sobrou para Yosnedy Zambrano, que não perdoou: 1 a 0 Venezuela.

O Peru bem que tentava, mas faltava um pouco de capricho nas finalizações. A Venezuela controlava o jogo no meio de campo, com um toque de bola bastante refinado. E foi em uma linha de passe que saiu o segundo tento da Vinho Tinto, aos 45 minutos, com a finalização de Gabriela Garcia. No placar, 2 a 0 para as venezuelanas e fim de primeiro tempo.

Peru tentava e Venezuela controlava a partida

Na segunda etapa, a partida continuou no mesmo ritmo. O Peru até que tentava, mas pecava demais nas finalizações e a Venezuela controlava o jogo. Aos 9 minutos, veio a pá de cal para Chile, Paraguai, além do próprio Peru. Alexyar Cañas pegou um belo chute, na veia, sem chances para a goleira Sánchez. E as venezuelanas venciam por 3 a 0.

Na arquibancada coberta de alvenaria mais antiga da América do Sul, as delegações chilenas e paraguaias se levantavam para deixar o Estádio Ulrico Mursa. O clima não era dos melhores. Dentro de campo, o Peru tentava, ao menos, o gol de honra. E ele veio aos 36 minutos: em bate-rebate na área da Venezuela, a bola sobrou para Rámos, que acertou o ângulo.

Depois do gol, o Peru ainda tentou buscar o segundo tento, mas pecava sempre no último passe. As venezuelanas controlaram o jogo, que terminou 3 a 1. O resultado eliminou o Peru e, por tabela, o Chile. O Paraguai fica com uma chance remota de classificação: tem que golear as chilenas e torceram para as peruanas derrotarem o Brasil. Já a Venezuela garantiu sua vaga na fase final.

Classificação do Grupo A

Na quinta-feira, dia 26, a Vila Belmiro será palco da última rodada do Grupo B do Sulamericano Sub-20. Às 16 horas, Colômbia e Uruguai se enfrentam e, depois, tem Argentina e Equador. Colombianas, uruguaias e equatorianas têm quatro pontos e brigam pela segunda vaga do grupo na fase final. A Argentina está com o primeiro lugar garantido.

Santos e Palmeiras: duelo aberto nesta quarta-feira

* por Lucas Paes

A partida de hoje será a sexta entre as equipes em 2015

Nesta quarta-feira, dia 25, começa a decisão da Copa do Brasil de 2015 entre Santos e Palmeiras, repetindo a final do Paulistão. Alvinegros e Alviverdes buscam uma vaga na Libertadores, o que no caso do time da Vila ainda é possível pelo Brasileirão, mas no caso da equipe da Rua Turiassu só é possível pela competição de mata-mata mais importante do país.

Neste momento, não há mais como apontar um favorito para a decisão. Caso esta fosse disputada imediatamente após as semifinais, não haveria duvidas de que o Santos teria um certo favoritismo (que não seria grande por se tratar de um clássico). Porém, atualmente, ambos os times entraram em preocupante queda de rendimento, o que deixa o embate equilibrado.

Aqui neste texto buscarei analisar um pouco os pontos fortes e fracos das equipes, e começarei pelo mandante da primeira partida, o Santos:

O Peixe mostrou como principal ponto forte nesta competição e durante o segundo semestre as jogadas de contra ataque feitas entre Lucas Lima, Gabigol, Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel (ou Geovânio, quando este era titular). Os quatro têm sido os pilares fundamentais do time no mata-mata da competição e, apesar da queda de rendimento, são, provavelmente, os principais responsáveis pelas ações ofensivas do Santos nas finais. Outro jogador importante, o lateral direito Victor Ferraz, deve voltar na partida contra o Palmeiras, apesar de Daniel Guedes estar substituindo bem o titular santista.

Gabriel é o artilheiro da Copa do Brasil

Mas, apesar do futebol vistoso apresentado durante a Copa do Brasil, o Santos tem problemas: a equipe tem graves defeitos nas jogadas aéreas (uma das armas fortes do Palmeiras) e possui uma dupla de zaga que não é tão confiável, principalmente jogando fora de casa.

É preciso entender que o Santos possui grandes problemas em partidas como visitante no Campeonato Brasileiro, onde é inclusive o segundo pior no quesito na competição. Entretanto, na Copa do Brasil o time tem feito boas partidas como visitante, vencendo inclusive rivais como Corinthians e São Paulo.

Já o Palmeiras vem à final apostando em um time que mostra uma melhora nítida nos jogos de mata-mata. Nas últimas partidas do Brasileirão, o Palestra tem sofrido bastante e jogado um futebol muito abaixo do mostrado em outras oportunidades, mas ainda assim virá com força total pra cima do Santos.

A principal aposta do time da Turiassu é a bola aérea. O Alviverde tem feito muitos gols em bolas cruzadas e alçadas na área, principalmente com zagueiros aproveitando bolas altas e os bons cabeceios do argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios. Além disso, o Palmeiras também aposta na velocidade de Gabriel Jesus e Dudu, atacantes rápidos que fazem uma boa Copa do Brasil.

Lucas Barrios é uma das principais armas do Palmeiras

Os pontos fracos da equipe alviverde são também uma defesa pouco confiável, que tem obrigado o goleiro Fernando Prass a fazer grandes defesas durante toda a competição, e um time que possui muita instabilidade durante o jogo, alternando momentos bons e ruins nas partidas. Contra o Internacional, por exemplo, o Palmeiras não teve atuações equilibradas nos jogos do Beira Rio e do Allianz Parque. Um destes momentos claudicantes, no Beira Rio, quase representou um problema para os alviverdes.

O primeiro jogo das finais da Copa do Brasil ocorre nesta quarta-feira, às 22 horas, na Vila Belmiro em Santos. Já o segundo, será na próxima semana, no Estádio Allianz Parque, em São Paulo. Vale ressaltar que, pela primeira vez na história da competição, a final não terá o critério de gols marcados fora de casa, assim como na Copa Libertadores.

* Lucas Paes é estudante de Jornalismo e colaborador de O Curioso do Futebol.

Argentina é a primeira seleção classificada para a fase final do Feminino Sub-20

A Argentina venceu a Colômbia e já está na fase final

A chuva deu uma trégua na cidade de Santos e os jogos desta terça-feira, dia 24, do Sulamericano Feminino Sub-20, no Estádio Ulrico Mursa, foram realizados praticamente com tempo bom, apesar do céu nublado. Apenas no fim da rodada, uma garoa fina caiu na região, mas nada que atrapalhasse as duas partidas do dia, válidas pelo Grupo B. No primeiro jogo, o Equador bateu a Bolívia por 2 a 0 e segue com chances de classificação. Depois, a Argentina venceu a Colômbia por 2 a 1 e é a primeira seleção garantida na fase final da competição.

As seleções equatoriana e boliviana entraram no gramado do Ulrico Mursa com a presença de um pequeno público. Desta vez, a ambulância chegou 'em cima da pinta' e não foi necessário atrasar o início do espetáculo. O Equador apostava suas últimas fichas no campeonato, enquanto a Bolívia fazia sua despedida.

Capitãs boliviana e equatoriana, além do quarteto de arbitragem

A 'peleja' começou e as equatorianas foram para cima, buscando o gol. Já as bolivianas jogavam apenas na base do chutão. Mais organizada e com muita vontade, em 15 minutos o Equador abriu a contagem. A defesa da Bolívia afastou mal a bola, que sobrou para a atacante Maylin, que não perdoou e marcou: 1 a 0 para as equatorianas.

O Equador continuou em cima, mesmo em vantagem no placar. Elas tiveram, ao menos, mais duas chances para marcar antes do final da primeira etapa, fazendo com que a goleira Maria Reichl trabalhasse bastante. Já a Bolívia pouco fez nos 45 minutos inciais e a partida foi para o intervalo com o placar de 1 a 0.

Um dos raros ataques bolivianos

No início da segunda etapa, o Equador continuou pressionando as bolivianas. Parecia até que as jogadoras da equipe verde já estavam em clima de despedida. Porém, depois dos 10 minutos, a Bolívia melhorou bastante, fazendo com que a defesa adversária trabalhasse bastante.

Porém, aos 26 minutos, quando a Bolívia já merecia o empate, o meio campo equatoriano armou uma bela linha de passe, a bola sobrou para a capitã Angie Ponce, que ajeitou a redonda dentro da meia lua da grande área e bateu, sem chances para Maria Reichl. No placar do Estádio Ulrico Mursa, Equador 2 a 0.

Angie Ponce, autora do segundo gol equatoriano

O gol sofrido desanimou as bolivianas, que pouco fizeram até o final. Já as equatorianas tocaram a bola e seguraram o resultado, que deixou a equipe com chances de classificação. Porém, perderam Tamara Angulo, que foi expulsa e não joga a partida decisiva contra a Argentina, na quinta-feira. Depois de 90 minutos de jogo, 2 a 0 para o Equador.

Antes da segunda partida, entre Argentina e Colômbia, um belo papo com o jornalista Rafael Alves, que vem fazendo uma bela cobertura da competição no Planeta Futebol Feminino. Também vale registrar a presença dos fotógrafos Luiz Santos e Flavio Hopp, além da uruguaia Fanny Ruetalo, que cobre o torneio pelo Fútbol Florida e o paraguaio Robert Kurtz.

Quarteto de arbitragem e capitãs de Argentina e Colômbia

O segundo do jogo da rodada foi, simplesmente, sensacional. Argentina e Colômbia entraram em campo com um só objetivo: a vitória. Os três pontos dariam às argentinas a classificação. Para as colombianas, um triunfo botaria a equipe com um pé no quadrangular decisivo.

Ambas as equipes se lançaram ao ataque logo no início da partida. A Colômbia, ao contrário dos jogos anteriores, mostrava uma velocidade e toque de bola que ainda não foi visto na competição. A Argentina, com seu poderio ofensivo (seis gols em dois jogos), pressionava a defesa adversária, em busca do gol.

Tentativa de avanço colombiano

E as 'chicas' argentinas abriram o marcador aos 24 minutos. A defesa colombiana afasta mal a bola, que sobra para Rocío Correa acertar um belo chute, sem chances para a goleira Angie Mina: 1 a 0 para a Albiceleste.

O gol fez com que a Argentina crescesse e dominasse a partida. Em dois lances, aos 37 e 39 minutos, Juana Bilos acertou a trave defendida pela Colômbia, quase ampliando o placar. As colombianas ainda tentavam os contra-ataques, que foram desarmados pela defesa Albiceleste. E o primeiro tempo terminou com a vantagem de 1 a 0 para a Argentina.

Rocío Correa, autora do primeiro gol argentino

Na volta do intervalo, a Colômbia voltou mais incisiva, buscando empatar a partida. Já a Argentina buscava os contra-ataques. A melhor chance colombiana foi aos 19 minutos, quando a centroavante Valentina Restrepo saiu na cara do gol, mas chutou em cima da goleira Solana Pereyra.

Como já dizia o velho ditado, 'quem não faz, toma' e foi o que aconteceu. Juana Bilos deu um belo passe para Micaela Cabrera, que entrou na área pelo meio da zaga colombiana. A meia argentina, que acabara de entrar, não perdeu a chance e, aos 21 minutos, fez o 2 a 0 para a Albiceleste.

Com 2 a 0 contra no placar, não havia outra hipótese para a Colômbia a não ser atacar. E a equipe foi para cima da Argentina, fazendo o famoso abafa, que funcionou apenas aos 34 minutos. Em jogada ensaiada de escanteio pela direita, Leicy Santos recebe a bola na entrada da área e chuta forte. A goleira Solana Pereyra até resvalou na bola, mas não evitou o tento colombiano. No placar, 2 a 1 para a Argentina.

Jogada colombiana pela lateral direita

E a partida, que tinha tudo para ser nervosa e catimbada, estava ocorrendo apenas na bola. Isso devido muito à impecável arbitragem da brasileira Regildênia de Holanda Moura. Sem precisar 'se aparecer', ela conduziu a partida de forma exemplar, o que colaborou para que o jogo fosse muito bom.

Voltando às equipes, a Colômbia teve a chance de mudar todo o quadro do Grupo B aos 45 minutos. Leidy Asprilla recebeu lançamento e ficou cara a cara com a goleira Solana Pereyra. Era o gol de empate colombiano, mas a lateral finalizou rente à trave, perdendo uma incrível oportunidade de igualar o marcador, que ficou mesmo no 2 a 1 para a Argentina.

Classificação do Grupo B

Com os resultados desta terça-feira, a Argentina já garantiu o primeiro lugar no Grupo B e, consequentemente, a vaga na fase final da competição. Três seleções estão empatadas com quatro pontos: Equador (um gol de saldo e quatro marcados), Colômbia (também um de saldo e três gols feitos) e Uruguai (um negativo de saldo e cinco tentos marcados). Na quinta-feira, dia 26, a Colômbia enfrenta o Uruguai e a Argentina fica frente a frente com o Equador.

Já amanhã, o Estádio Ulrico Mursa recebe mais dois jogos, desta vez do Grupo A: às 17 horas, a Venezuela enfrenta o Peru. Em seguida, o Brasil joga contra o Chile. A entrada é franca!

Jovens cubatenses integram o elenco do Santos campeão Paulista Sub 13

* por Lula Terras

Carlos Daniel e Derick foram campeões com o Peixe

O futebol cubatense que já revelou inúmeros craques para grandes equipes profissionais, como o meio campista Pita, do Santos, São Paulo, e Seleção Brasileira, Axel, Toninho Silva, Adiel, Anderson Carvalho, entre outros tem agora, duas promessas que prometem seguir o mesmo caminho. Trata-se dos jovens Derick Silva, morador do Jardim Casqueiro e Carlos Daniel, na Vila dos Pescadores, ambos com 13 anos de idade, e são campeões do Campeonato Paulista Sub 13, pelo Santos Futebol Clube.

O título foi conquistado no último final de semana, na Vila Belmiro, na partida de volta contra o Corinthians, cujo resultado foi 4 x 0, para o Santos. Na partida de ida, houve empate em 0 x 0, na Capital.

Para os dois, assumidamente torcedores do time a ficha ainda não caiu, mas eles garantem que vão se empenhar muito nos próximos anos, para outros títulos importantes venham. Derick Silva, que é o zagueiro titular do time, teve participação na jogada do terceiro gol, de bicicleta, anotado pelo atacante Ivonei. Foi dele o passe inicial da jogada que resultou no gol considerado um dos mais bonitos de toda a competição.

Titular da zaga, Derick se inspira em dois ídolos espanhóis, que atuam no setor que ele escolheu. Para ele, o Puyol, pela liderança e confiança que passa para a equipe, e Sérgio Ramos, por ser um zagueiro que sai mais para jogar e faz muitos gols, principalmente de falta, e de cabeça, em cruzamentos na área. Já, Carlos Daniel, que é o titular da lateral direita do time, tem no brasileiro Daniel Alves, a grande inspiração, versátil tanto na marcação como no apoio ao ataque, é um verdadeiro ídolo do jovem craque santista.

Comemoração do título

Carreiras – Morador, desde os dois anos de idade, na Vila dos Pescadores, Carlos Daniel, que é titular da lateral direita, comemora com este, o terceiro título consecutivo pela equipe do Santos. Ele lembra que, além do título Paulista deste ano, em 2013, o time foi campeão Paulista Sub 11. Em 2014, campeão Paulista Sub 12, competição promovida pela Associação Paulista de Futebol.

Carlos Daniel começou, aos quatro anos de idade, no futebol de salão, no Grêmio Aymoré, com o professor Ivonaldo. Com oito anos, durante um jogo do clube contra o Santos, no Armando Cunha, seu futebol chamou a atenção do treinador Índio, dos Santos, que o convidou para fazer um teste, e foi aprovado. Ele ficou no salão até os 10 anos, quando, através de outro teste, passou a integrar o elenco de base do Santos.

Filho, do secretário municipal de esportes de Cubatão, Luiz Fernando da Silva, o Suquinho, que é um dos atletas consagrados do atletismo brasileiro, Derick Silva tinha tudo para seguir na carreira do pai, mas o gosto pelo futebol falou mais alto. Com a ida de Suquinho para Bragança Paulista, para competir pela equipe local, o garoto começou a jogar futsal na Escola Viverde, onde começou a se destacar, e chamou a atenção de um professor, que o convidou para competir pela equipe de futsal da ADPM, de Bragança.

Com oito anos de idade, foi convidado a integrar o time de futebol de campo do EC Legionários, também de Bragança, e aos, 10 anos, já estava nas equipes menores da AA Ponte Preta de Campinas, onde disputou o Paulista Sub 11, chegando até as quartas de final. Passou ainda, pelo Sumaré, por onde disputou o paulista Sub 13, em 2014, e desde março deste ano, passou a integrar a base do Santos FC, onde pretende se tornar num grande jogador e ganhar muitos títulos.

* Lula Terras é jornalista a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Cubatão.

Feminino Sub-20: Venezuela vence! Brasil e Paraguai empatam!

Brasil e Paraguai fizeram uma grande partida

Em uma segunda-feira chuvosa na cidade de Santos, o Estádio Ulrico Mursa recebeu mais uma rodada dupla do Campeonato Sulamericano Feminino Sub-20. Na primeira partida, a Venezuela teve muita dificuldade, mas conseguiu vencer o Chile por 1 a 0. Em seguida, Brasil e Paraguai fizeram um grande jogo, um dos melhores da competição, e ficaram no empate em 2 a 2.

Venezuelanas e chilenas entraram no gramado encharcado do campo da Portuguesa Santista pontualmente. Fizeram todo o protocolo de abertura da partida e... assim como aconteceu na Vila Belmiro no domingo, novamente a ambulância chegou depois do horário marcado. Com isso, o apito inicial foi dado com 15 minutos de atraso.

Capitãs de Venezuela e Chile, além da equipe de arbitragem

Com a bola rolando, as duas equipes mostraram muita disposição, arriscando muito os chutes de fora da área. Ao contrário da partida contra o Paraguai, a Venezuela teve dificuldades para jogar nos contra-ataques, já que o Chile também apostava na mesma tática. Até por isso, houve bastante equilíbrio.

Após a parada técnica aos 25 minutos, o Chile se mostrou um pouco melhor que a Vinho Tinto, chegando a a agredir mais no ataque. Porém, o marcador apontou 0 a 0 ao fim dos 45 minutos iniciais.

Disputa de bola entre chilena e venezuelana

Na segunda etapa, a Venezuela voltou melhor e fez uma grande pressão em cima das chilenas, que chegou apenas em poucos contra-ataques. O jogo foi assim até os 29 minutos, quando Idalys ganhou da defesa do Chile na velocidade e tocou na saída da goleira Fernanda Cardenas. Venezuela 1 a 0.

Após o tento, as venezuelanas se trancaram na defesa, esperando o contra-ataque. Já o Chile apostou no famoso 'chuveirinho' e, com isso, novamente apareceu a goleira Franiely Rodriguez. Com isso, a partida terminou com o 1 a 0 para a Venezuela no placar.

Idalys, autora do gol venezuelano

No intervalo entre os dois jogos, uma boa conversa com os fotógrafos Luiz Santos, Mario Gonçalves e Flavio Hopp, além da assessora de imprensa da Seleção Paraguaia, Yéssica Tilleria. A Associación Paraguaya de Futbol faz um belo trabalho de divulgação de suas seleções, tanto masculinas como femininas, no Facebook e Yéssica é uma das responsáveis por este bom trabalho.

Também foi a primeira rodada em Ulrico Mursa com a presença do folclórico vendedor de amendoim José, ou simplesmente Zé. Quem o conhece dos jogos da Portuguesa Santista, sabe como ele é bem 'querido'. Com isso, foi comum ouvir gritos das arquibancadas de Ulrico Mursa com frases como "fala Zé" e "quanto está a paçoca?".

O 'grande' Zé do Amendoim

No jogo de fundo, a Seleção Brasileira entrava em campo pela segunda vez na competição, desta vez para enfrentar o Paraguai. Mesmo com o gramado encharcado, as duas equipes fizeram um belo e emocionante jogo, um dos melhores deste Sulamericano.

A partida iniciou com o Brasil tomando a iniciativa das jogadas. Porém, com 10 minutos, as paraguaias equilibraram as ações. O jogo ficou bem movimentado e bom de assistir, já que os dois times estavam buscando o gol.

Gramado encharcado não atrapalhou o andamento da partida

Após a parada técnica para hidratação, o Paraguai tomou conta do jogo e o Brasil se perdeu em campo. A superioridade da Albirroja se transformou em gol aos 41 minutos. Amara Safuán deu um belo passe para a centroavante Jessica Martínez, que balançou as redes. Paraguai 1 a 0. E foi assim que a partida foi para o intervalo.

No retorno para a segunda etapa, o técnico do Brasil, Doriva Bueno, avançou a marcação e a equipe brasileira foi ao ataque. E as mudanças surtiram efeito logo aos 2 minutos. Jennifer passou por três paraguaias, inclusive a goleira Natasha Martínez e marcou um belo gol: 1 a 1 no placar.

Em seguida, quase o Paraguai marca. Amara Safuan arriscou um chute de fora da área e acertou o travessão. Aos 7 minutos, por muito pouco o Brasil vira, com Jennifer, que cobrou falta pelo lado direito do campo, mas Natasha Martínez fez uma bela defesa.

Gol de pênalti do Brasil

O jogo voltou a ficar equilibrado, mas aos 17 minutos, o Brasil virou. Gabriela invadiu a área e foi calçada por uma defensora paraguaia. Pênalti para a Seleção Canarinho. A própria Gabriela pegou a bola e bateu, sem chances para Natasha Martínez. Brasil 2 a 1.

Com o gol sofrido, o Paraguai foi para cima, buscando o gol de empate, já que a derrota praticamente eliminaria a Albirroja da competição. E aconteceu algo incrível, a trave defendida pelo Brasil foi acertada em três oportunidades: aos 24, com Rosa Miño, e aos 30 e 33 com Griselda López. O Paraguai merecia o gol de empate.

Gol de empate do Paraguai, já nos acréscimos

De tanto insistir, a Albirroja foi premiada aos 47 minutos. Em falta pela direita, Griselda López acertou o ângulo, sem chances para a goleira Carla. E placar final em Ulrico Mursa: Brasil 2, Paraguai 2.

Nesta terça-feira, o Ulrico Mursa vai ser, novamente, sede dos jogos da competição. Às 16 horas, a Bolívia enfrenta o Equador. Já às 18h10, a Argentina enfrenta as colombianas.
←  Anterior Proxima  → Inicio

O Curioso do Futebol

O Curioso do Futebol
Site do jornalista Victor de Andrade e colaboradores com curiosidades, histórias e outras informações do mundo do futebol. Entre em contato conosco: victorcuriosofutebol@gmail.com

Twitter

YouTube

Aceisp

Total de visualizações