Espanha 3 x 0 Austrália - A despedida espanhola com vitória

Fernando Torres na despedida honrosa da Espanha na Copa

* por Carlos Fernandez dos Santos

Achei bem bacana quando anunciaram que o Brasil seria a sede da Copa do Mundo de 2014, pois gosto muito de futebol e, com certeza, seria uma oportunidade ótima de acompanhar de perto um Mundial, assistindo até alguma partida no estádio.

Quando abriu as inscrições para o sorteio das compras dos ingressos, fiz todo o procedimento de inscrição para alguns jogos e fui sorteado para dois deles: Espanha e Austrália, jogo realizado em Curitiba, tema deste artigo, e Portugal e Gana, em Brasília.

Como moro em Santos, no litoral de São Paulo, e o Espanha e Austrália foi em Curitiba, me programei com bastante antecedência. Por isso, peguei passagens aéreas com preços muito bons. Os voos saíram nos horários certos, sem atrasos. Também acertei o hotel bem próximo à Arena da Baixada. Por isso eu, minha esposa e minhas duas filhas fomos aos jogos caminhando do hotel ao estádio não mais do que 20 minutos. Com meu planejamento antecipado, a locomoção foi muito fácil.

O jogo na Arena da Baixada, realizado em 23 de junho, foi muito bom, mesmo com as duas equipes desclassificadas. A Espanha, com alguns reservas, estava mais solta e não teve dificuldade em ganhar por 3 a 0 dos australianos. Ao mesmo tempo em que foi legal ver os atuais campeões mundiais em ação, foi meio decepcionante ver que aquele time não ia passar de fase.

'La Furia' não deu chances para os australianos

Me surpreendi positivamente com o clima no evento, foi uma grande barato. Oxalá conseguíssemos isso sempre em campeonatos no nosso país. Não vi nenhuma briga, as torcidas misturadas, um respeito muito grande nas ruas e dentro dos estádios. Realmente foi uma festa maravilhosa.

Aproveitei toda esta festa e conversei com algumas pessoas. Trocamos ideias e impressões, mas não fiz troca de souvenires. Como eu estava com esposa e filhas e elas nunca tinham ido a uma partida de futebol, procurei dar um apoio maior e não interagi tanto.

A sensação de estar em um jogo de Copa do Mundo foi sensacional, uma experiência indescritível. Pessoas do mundo inteiro ali conversando em idiomas diferentes e tudo isso em casa, no Brasil. A organização foi impecável. Podem falar o que for, mas a Fifa sabe muito bem preparar as partidas. Adorei todo o evento e dá muita vontade de ir à Rússia em 2018.

Em que pese o medo da população de que as coisas não funcionariam durante a Copa, nas duas sedes em que fui, Curitiba e Brasília, tudo foi muito bom, funcionou direito. Não tenho nada a reclamar, só a agradecer a possibilidade de estar presente neste grande evento.


* Carlos Fernandez dos Santos, 47 anos, é corretor de Seguros, mora em Santos-SP e torce para o Jabaquara, o Leão da Caneleira.


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Partida frustrante para os australianos


* por Elias Falarz

Quando anunciaram que a Copa do Mundo seria no Brasil, eu fiquei muito feliz, pois poderia ver seleções que sempre torci, como Japão e Austrália, de pertinho. Uma pena que não pude ver o Japão, que era meu maior sonho. Cheguei a conseguir ingressos para dois jogos, mas devido aos custos de viagem, tive que vender. Foi frustrante.

Espanha não deu chances para a Austrália

Foi meio complicado conseguir os ingressos, pois fiquei quase dois dias de plantão no site da FIFA para comprar. Após mais de 20 tentativas frustrantes, finalmente consegui, adquirindo as entradas pelo método comum mesmo. O jogo: Espanha e Austrália, em Curitiba. Mas rapaz, confesso que foi uma luta. Teve um dia que mal dormi porque fiquei de plantão (risos).

Eu moro bem perto da Arena da Baixada, algumas quadras para cima, foi muito tranquilo chegar no estádio no dia do jogo, 23 de junho. O jogo era às 13 horas, mas saí de casa às 10 horas para poder curtir toda a atmosfera e clima de um jogo de copa. Cheguei cedo e andei pelo estádio todo e falei com todo mundo (risos).

A partida em si foi frustrante para mim. Logo de cara, a Espanha fez 2 a 0 e marcou o terceiro no segundo tempo. O placar seria de vitória espanhola mesmo, mas o que me entristeceu é que meu jogador favorito, Tim Cahill, havia pego gancho na partida anterior e ficou de fora. Mas fiz muita festa com os australianos que, mesmo perdendo, fizeram muita festa e barulho.

Austrália não resistiu às investidas da "Fúria"

Achei o clima da partida uma porcaria, pois dava pra ver de longe que 90% dos torcedores estavam lá por puro modismo e não tinham a mínima noção do que é ir em um jogo de verdade. Muitas selfies, falta de noções básicas de como torcer ou se portar em um estádio.

Tirando espanhóis e australianos, a torcida brasileira era babaca e acabou até mesmo atrapalhando o espetáculo das torcidas estrangeiras. Parecia mais que eu estava em um shopping do que em um jogo. Cortou totalmente o tesão da partida. Achei que o clima de Copa seria diferente. Não sei se foi porque a torcida brasileira é uma porcaria mesmo ou levei um baita de um azar em relação a isto.


Elias com os australianos

Mas confesso que fiquei muito decepcionado.

Mesmo assim, conversei com muitas pessoas e fiz amizades com australianos. Um povo muito simpático e divertido. Devido ao meu tamanho e a barba, acharam que eu era de lá, inclusive. Vinham com gírias e dialetos que fiquei boiando (risos). Mas o pessoal é super bacana mesmo!

Estar em um jogo de Copa do Mundo foi a realização de um sonho, ainda mais em casa! O problema é que, como disse anteriormente, foi completamente diferente do que imaginava e achei broxante, o termo é este. Culpa destas pessoas nada a ver, que nem curtem futebol de verdade. Devem ser destes que só torcem em copa mesmo e se o Brasil joga bem. Isso acabou com o meu dia.

A organização do evento foi ótima, embora o estádio estivesse mal acabado e sujo. E metade das obras também não estavam prontas. Tirando isso, foi legal.


* Elias Luiz Mussi Falarz, 26 anos, é jornalista, mora em Curitiba e torce para o Coritiba. Elias tem um canal no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCJX5d-EY9ZWT2b2TqvQefJw), controla o site www.hinomaru.caster.fm e o blog Futebol Nippon
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