Costa do Marfim 2 x 1 Japão - Uma experiência única

Drogba fez a diferença na partida em Recife

* por Chico Ferreira

A Copa do Mundo de futebol sempre foi meu evento favorito. Eu era criança e sonhava em ver um jogo da competição de perto. Quando o Brasil foi escolhido como sede e Recife seria uma das cidades que teriam partidas, vi a oportunidade de realizar esse sonho.

Assim que começaram os sorteios para a compra de ingressos no site da FIFA, me candidatei e fui sorteado para o único jogo que realmente eu queria ir. Uma baita sorte! A partida era Costa do Marfim e Japão.

Moro em Recife e a Arena Pernambuco fica em São Lourenço da Mata. Sinceramente, não me preocupei com a distancia, pois o clima do jogo estava me consumindo. Fui com uns amigos de Metrô para o jogo, no dia 14 de junho, um sábado, e nem me liguei quanto tempo a viagem durou, mas acredito que foi cerca de uma hora.

Brasileiros e japoneses juntos

Tecnicamente, Costa do Marfim e Japão não fizeram um bom jogo. Estava torcendo para a seleção japonesa, que começou melhor a partida e abriu o placar. Porém, o time caiu muito de rendimento, principalmente no segundo tempo, e os marfinenses conseguiram mudar o quadro da partida, depois de uma substituição certeira do treinador, e viraram o jogo em dois minutos.

Foi sensacional estar em um jogo de Copa do Mundo, talvez a melhor sensação do dia, já que o Japão não fez uma boa partida. Fiz amizades com dois mexicanos e dois japoneses. No Metrô, encontramos marfinenses e norte-americanos. Viemos no trem conversando, cantando e brincando.

Uns amigos meus que eu conhecia só pelas redes sociais vieram para Recife. Recebi-os em um hotel e lá estavam mexicanos e japoneses. Fizemos amizade na hora e fomos juntos para o jogo, conversando sobre futebol. Vimos o jogo e voltamos juntos também. Ganhei um cachecol de um amigo japonês que conheci um ano antes, na Copa das Confederações. Nós havíamos marcado de se encontrar na Copa do Mundo e ele me deu este presente.

Japoneses aquecendo antes da partida

No estádio, eu fiquei perto da torcida japonesa, que não parava de cantar um segundo. Logo me juntei aos nipônicos e cantei tanto que fiquei rouco. No fim, saí dividido, pois fiquei frustrado porque o Japão perdeu, mas estava feliz por ter vivido tudo aquilo. Foi um dia magnífico.

Realizei um sonho! Como disse antes, era coisa de guri, pois via a copa pela TV e pensava: “um dia vou participar de uma”. 

Apesar de muita coisa pesou contra a realização do evento no país, eu só pensei em viver o momento. Quis aproveitar o que a copa tinha de melhor para oferecer, como as amizades que fiz, estar num jogo da seleção que eu sempre admirei, fazer parte da torcida e ver os jogadores que eu admiro de perto. Era uma oportunidade única pra mim e vivi tudo aquilo intensamente. 


* Francisco Ferreira Vidal, o Chico Ferreira, 26 anos, é estudante de Jornalismo, mora em Recife e torce para o Sport. 
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